Termelétrica a carvão da Eletrobras no RS encerra operação
SÃO PAULO (Reuters) - A termelétrica a carvão Presidente Médici - Fase A, no Rio Grande do Sul, que pertence à CGTEE, uma subsidiária da Eletrobras, teve a operação de sua unidade geradora I suspensa em caráter definitivo pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), segundo publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira.
A Eletrobras CGTEE já havia paralisado anteriormente a segunda unidade da termelétrica, bem como desativado em meados do ano passado a Fase B da usina, com duas turbinas. Com a suspensão da nova unidade, válida a partir de 1° de janeiro, a companhia soma um total de 446 megawatts paralisados, segundo documento da Aneel.
"A retomada da operação comercial da unidade geradora... não apresenta mais viabilidade diante da desativação total da UTE Presidente Médici fases A e B, conforme declarado pelo agente responsável pela usina", afirma o documento.
O empreendimento encontrava-se ainda sem licença ambiental de operação, segundo a agência reguladora.
A Eletrobras CGTEE havia firmado um termo de ajustamento de conduta (TAC) junto ao órgão ambiental federal Ibama que previa o desligamento definitivo da fase A da termelétrica a partir do final de 2017.
Segundo os documentos da Aneel, a subsidiária de geração térmica da Eletrobras decidiu indisponibilizar em definitivo a usina devido a "problemas em vários sistemas que refletem em uma baixíssima confiabilidade da planta e a necessidade de investimento de monta para sua recuperação".
A operação da Fase A da termelétrica Presidente Médici teve início em 1972, enquanto a Fase B operava desde 1988.
Procurada, a Eletrobras e a CGTEE não puderam comentar de imediato.