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Banco do Japão visa estímulo de alto nível, apesar de tom "dovish" de Kuroda

21/12/2018 10h18

Por Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) - O presidente do banco central do Japão manifestou publicamente sua disposição de aliviar a política se o crescimento abrandar, mas fontes dizem que as autoridades têm pouco apetite por novos estímulos, o que poderia exigir uma grande reformulação política e abalar os mercados.

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O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, alertou na véspera sobre o aumento dos riscos para as perspectivas econômicas e disse que o banco ampliará o estímulo se necessário, deixando de lado as preocupações de que a autoridade monetária não possui ferramentas disponíveis para evitar outra recessão.

Mas as consequências de uma flexibilização prolongada, principalmente o impacto dos lucros das instituições financeiras derivadas dos juros negativos e as ferramentas de política monetária do Banco do Japão tem deixado muitas autoridades do banco central receosas de aumentar o estímulo, disseram fontes familiarizadas com seu pensamento.

Seria necessária uma recessão global ou um pico de iene grande o suficiente para ameaçar a recuperação do Japão, que depende da exportação, para que o banco central puxasse o gatilho, disseram eles.

"A menos que haja um enorme choque global se espalhando para o mercado, o Banco do Japão provavelmente ficará de fora", disse uma das fontes.

"O Banco do Japão precisa estar mais atento ao custo da flexibilização prolongada, o que significa que o obstáculo para estímulo adicional é bastante alto", disse outra fonte, uma visão com que mais duas fontes concordaram.

No caso de um grande choque de mercado, a resposta inicial mais provável seria ampliar a liquidez por meio de operações de mercado não apenas em ienes, mas em dólares, para garantir que as instituições financeiras japonesas não enfrentem problemas para levantar fundos em dólar, disseram as fontes.

Uma medida menos provável, se os picos de ienes forem grandes o suficiente para ameaçar a recuperação do Japão, será para cortar os juros, incluindo os juros de curto prazo, que já estão em 0,1 por cento negativo.

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