Vendas de automóveis na Europa caem 8,7% em dezembro, diz associação
MILÃO (Reuters) - As vendas de automóveis na Europa em dezembro caíram 8,7 por cento na comparação anual, com retração em licenciamentos de todas as principais montadoras, exceto Daimler e Jaguar Land Rover, conforme a introdução de novos testes de emissões mais rígidos continuam pesando sobre a demanda.
As vendas recuaram para 1,04 milhão de carros na União Europeia (UE) e em países da Associação de Livre Comércio Europeia (EFTA, na sigla em inglês), informou a Associação de Montadoras Europeias (ACEA), ante 1,14 milhão de unidades em dezemnbro de 2017.
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O recuo ocorre após o novo Procedimento Mundial Harmonizado de Teste para Veículos Leves (WLTP) tornar-se obrigatório desde o início de setembro, forçando algumas montadoras a interromper entregas de alguns modelos que ainda precisa de certificação.
As vendas de automóveis na Europa cresceram um mês antes do novo procedimento entrar em vigor e declinaram todo mês depois da medida.
"Em dezembro de 2018, o mercado de carros de passageiros na IE recuou pelo quarto mês seguido... dando continuidade à tendência de baixa que começou com a introdução do WLTP em setembro", informou a associação em comunicado.
As vendas no acumulado de 2018 ficaram estáveis em 15,6 milhões de unidades, com a queda nos quatro últimos meses do ano pesando sobre o sentimento no mercado automotivo europeu que anteriormente havia melhorado.
O nível de vendas na Europa retornou ao crescimento anual observado em 2014, após declínio de seis anos, durante o qual os licenciamentos caíram ao menor patamar em décadas.
Em dezembro, as vendas da maior montadora europeia, a Volkswagen
A francesa Renault
As vendas da japonesa Toyota <7203.T> cederam 10,4 por cento, enquanto as da alemã BMW
A ítalo-americana Fiat Chrysler
Já a alemã Daimler
Todos os cinco principais mercados, exceto a Itália, tiveram retração nas vendas em dezembro, com a França tendo o pior desempenho, com recuo de 14,5 por cento. Na Itália, houve alta de 2 por cento.
(Por Agnieszka Flak)
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447553))
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