Preços do petróleo têm mínima desde ataques à Aramco, após Trump criticar China
HOUSTON (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram mais de 2% nesta terça-feira, para os menores níveis desde os ataques de 14 de setembro a instalações petrolíferas da Arábia Saudita. Isso aconteceu depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacender temores de que o conflito comercial com a China, prejudicial à demanda energética, esteja longe de um final.
Em um discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), Trump acusou a China de práticas comerciais injustas, incluindo barreiras de mercado "enormes", manipulação cambial e roubo de propriedade intelectual, poucos dias depois de autoridades das duas principais economias consumidoras de petróleo do mundo realizarem negociações comerciais inconclusivas em Washington.
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"Espero que possamos chegar a um acordo que seja benéfico para os dois países", disse Trump. "Como deixei bem claro, não aceitarei um acordo ruim."
Os contratos futuros do petróleo Brent, valor de referência internacional, fecharam a US$ 63,10 por barril, queda de US$ 1,67, ou 2,6%. Já os futuros do petróleo dos EUA recuaram US$ 1,35, ou 2,3%, e fecharam a US$ 57,29 o barril.
Trump "voltou a intensificar a guerra comercial EUA-China", disse John Kilduff, sócio da Again Capital. "Não foi um tom construtivo como tentativa de resolver isso, e nós sabemos o quão sensíveis os preços do petróleo são tanto para cima quanto para baixo."
(Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar em Londres, Florence Tan em Cingapura)