Professores rejeitam retorno de aulas presenciais em escolas particulares do Rio
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O sindicato dos professores do Rio de Janeiro rejeitou nesta terça-feira a decisão da prefeitura da cidade de autorizar escolas particulares a retomar as aulas presenciais a partir de 3 de agosto, depois da suspensão decretada em março devido à pandemia de coronavírus.
De acordo com o Sinpro-Rio, o retorno às aulas na data estabelecida é "totalmente prematuro", uma vez que a pandemia não está controlada.
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"Nossa posição se apoia na ciência, principalmente, nos estudos científicos da Fiocruz e outros órgãos de saúde. Continuamos com as aulas remotas, mais trabalhosas e estafantes que as presenciais, para não arriscar as vidas das crianças, adolescentes e jovens, além das nossas próprias vidas e as das famílias das comunidades escolares", disse o sindicato em nota após participar de reunião com a prefeitura.
De acordo com o projeto da prefeitura, a volta das aulas presenciais será facultativa a escolas, alunos e professores e englobaria apenas alunos de quatro anos do ensino fundamental.
Será necessário realizar, de acordo com o protocolo da prefeitura, medição de temperatura de alunos e profissionais, e as salas terão que ter distanciamento de 2 metros entre as pessoas.
Simultaneamente as aulas remotas vão continuar, e a orientação é que a permanência no ambiente escolar seja encurtada para evitar risco de aglomeração e concentração de alunos. O protocolo da prefeitura prevê ainda horários determinados para entrada e saída de alunos, além de regras mais rigorosas de higiene, limpeza e sanitização.
De acordo com a prefeitura, a volta das aulas presenciais na rede privada em agosto servirá de aprendizado e referência para futuras decisões para o retorno da rede pública de ensino.
“A rede privada as famílias têm mais meios, menos alunos e os pais podem levar à escola ou o transporte privado", afirmou o prefeito Marcelo Crivella.
A cidade do Rio de Janeiro registrou até o momento 67.121 casos de Covid-19, com 7.796 mortes
(Por Rodrigo Viga Gaier)