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Lula defende democracia e candidato com preocupações sociais em eleição na Argentina

O presidente Lula e o atual presidente argentino Alberto Fernandez posam para foto de família durante a Cúpula de Chefes de Estado do MERCOSUL e Estados Associados em Puerto Iguazú, Argentina Imagem: 4.jul.2023 - Nelson Almeida/AFP

Lisandra Paraguassu;

Em Brasília

02/08/2023 13h36Atualizada em 02/08/2023 13h58

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira esperar que a Argentina eleja um presidente preocupado com a inclusão social e com a democracia, mas não citou nomes nem preferências diretas, em uma eleição no país vizinho em que a extrema-direita ganhou força.

Depois de dizer que preferia silenciar sobre as eleições, que tem o primeiro turno em 22 de outubro, Lula defendeu a eleição de um candidato com preocupações sociais.

"Eu acho que a única coisa que eu posso dizer sobre as eleições é que eu fico pedindo a Deus que a democracia prevaleça na Argentina, que vença a democracia. Que vença um candidato que tem mais perspectiva de falar de inclusão social, falar de desenvolvimento, e não um candidato que acha que vai resolver o problema da Argentina vendendo empresa pública", disse durante café da manhã com representantes da imprensa estrangeira.

Os principais candidatos hoje são o ministro da Economia do atual governo, Sergio Massa; o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta; e a ex-ministra Patricia Bullrich, da aliança de centro-direita Juntos pela Mudança — um dos dois será escolhido nas prévias agora em agosto — e o deputado Javier Milei, de extrema-direita, apelidado de "Bolsonaro argentino".

Com mais de 30% de indecisos, a eleição está muito longe de uma decisão, mas Milei, que chegou a ter 30% de intenções de voto, vem perdendo espaço nos últimos meses.

Apesar de evitar apoios explícitos, o governo brasileiro tentou ajudar a Argentina a superar a crise econômica pela qual está passando e encontrar formas de facilitar o crédito para o país.

"Tudo que eu podia fazer de esforço, de contato de telefonema, de reunião para ajudar a Argentina eu tentei. Desde conversar com Xi Jinping (presidente da China), falei com a Dilma (presidente do banco dos Brics), tentamos fazer o que era possível dentro do marco legal que existe hoje das instituições financeiras", contou.

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