Allos acerta venda de fatias nos shoppings Estação e Boulevard Bauru por R$289,6 mi
SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de shoppings Allos assinou memorandos de entendimentos para vendas de fatias no Shopping Estação, no Paraná, e no Boulevard Shopping Bauru, no Estado de São Paulo, por um total de 289,6 milhões de reais, informou a companhia nesta segunda-feira.
"Parte do ganho de capital gerado na transação será compensado através de prejuízo fiscal", destacou a companhia.
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Pelos termos do acordo, a Allos venderia 35% do Shopping Estação para um fundo imobiliário não nomeado, com valor de desinvestimento de 156,3 milhões de reais.
O acordo envolve ainda a venda de 57% do Boulevard Shopping Bauru, sendo 35% para o fundo imobiliário Genial Malls e outros 22% para o fundo imobiliário Hedge Brasil Shopping. A Allos já havia acertado a venda de outros 43% do empreendimento no final de outubro. O valor total de desinvestimento relacionado ao Boulevard Shopping Bauru é de 133,4 milhões de reais.
"Ambas as transações envolvendo o Boulevard Shopping Bauru ainda podem gerar um ganho adicional para Allos, baseado no NOI do shopping para o ano de 2024 (earn-out)", disse a empresa.
A conclusão das vendas ainda estão condicionadas à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
RESULTADO TRIMESTRAL
Em paralelo, a empresa também divulgou nesta segunda-feira lucro líquido consolidado de 51,6 milhões de reais no terceiro trimestre, recuo de 52,4% em comparação com mesmo período do ano anterior.
Nas demonstrações financeiras gerenciais, o lucro líquido da Allos no período somou 23,7 milhões de reais, declínio de 89,2% frente à mesma etapa em 2022.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia, excluindo ajuste com aluguel linear, somou 480 milhões de reais, avanço de 6,5% ano a ano, com margem Ebitda ajustado de 74,9%, de 72,3% um ano antes.
A receita líquida da Allos somou 653 milhões de reais no trimestre encerrado em setembro no resultado consolidado, e 634 milhões de reais no gerencial, altas anuais de 139% e 4,9%, respectivamente.
(Por André Romani e Patrícia Vilas Boas)