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Importação de gasolina pelo Brasil recua 20% no 1º tri, defasagem pesa, diz StoneX

08/04/2024 15h10

SÃO PAULO (Reuters) - A importação de gasolina pelo Brasil no primeiro trimestre recuou 20,3% ante o mesmo período do ano passado, para 894,5 milhões de litros, com um crescimento nas vendas do combustível concorrente, o etanol hidratado, e também maior produção local do derivado de petróleo, de acordo com análise da consultoria StoneX.

A "maior defasagem do preços internacionais (da gasolina) para aquele praticado pela Petrobras desde meados de fevereiro" também torna menos atrativa a importação, acrescentou a consultoria.

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A última vez que a Petrobras -- principal supridora do mercado brasileiro -- aumentou os preços da sua gasolina para as distribuidoras foi em agosto de 2023. Mais recentemente, com uma alta nos preços do petróleo, a defasagem em relação ao mercado internacional se acentuou.

A StoneX destacou a menor demanda brasileira pelo derivado de petróleo no primeiro trimestre frente a maior competitividade do etanol hidratado, citando que as vendas da gasolina C ficaram em 6,9 bilhões de litros nos primeiros dois meses do ano, queda de 7,6% no comparativo com o mesmo período em 2023, conforme os números mais recentes da reguladora ANP.

A demanda por etanol hidratado, por sua vez, situou-se em 3,4 bilhões de litros entre janeiro e fevereiro, alta de quase 59%.

"Entende-se, portanto, que a paridade mais competitiva para o biocombustível (abaixo de 70%) nas principais praças demandantes de combustíveis leves no período considerado afetou a demanda pela gasolina, cenário que deve se estender nos próximos meses", disse a StoneX.

A consultoria citou também a "forte produção" das refinarias nacionais, com a oferta acumulada de gasolina A entre janeiro e fevereiro expandindo 6,3% no comparativo com 2023 (4,69 bilhões de litros) e devendo se manter elevada nos próximos meses.

A StoneX também apontou redução de 9% nas importações de diesel A pelo Brasil no primeiro trimestre, para 3,18 bilhões de litros, citando "forte" produção pelas refinarias brasileiras, assim como uma maior mistura de biodiesel no diesel, que passou de 12% para 14% a partir de março.

(Por Roberto Samora)

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