Lula e Macron reúnem-se na Itália e reforçam cooperação contra garimpo ilegal

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês, Emmanuel Macron, reforçaram nesta sexta-feira o compromisso de cooperação no combate ao garimpo ilegal no Brasil e na Guiana Francesa em reunião bilateral às margens da cúpula do G7.

A Reuters noticiou em fevereiro que os governos Lula e Macron assinariam um acordo de cooperação internacional entre as polícias dos dois países, prevendo operações conjuntas de combate ao garimpo ilegal na Guiana Francesa.

"As partes reafirmam seu compromisso em cooperar no âmbito bilateral e no âmbito regional no Escudo das Guianas, no combate à criminalidade transfronteiriça, em especial ao garimpo ilegal, o tráfico de madeira e de espécies de fauna e flora silvestres ameaçadas de extinção", afirmou o Itamaraty em nota divulgada nesta sexta-feira.

O acordo, segundo a pasta, envolve a cooperação nas áreas da polícia e da inteligência e de "outras questões de interesse comum".

Em março deste ano, França e Brasil comprometeram-se com o combate às ameaças à segurança e ao meio ambiente, durante visita do presidente francês ao país.

O acerto ocorre em meio às atividades realizadas em torno da cúpula do G7, na Itália -- que detém a presidência rotativa do grupo. Lula também conversou com o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, que pediu apoio ao líder brasileiro para integrar o grupo dos Brics.

Lula disse que vai apoiar a demanda do presidente turco, segundo nota do Itamaraty.

Formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo de países emergentes Brics obteve no ano passado a adesão de Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irã.

As reuniões fizeram parte de uma série de outros encontros do presidente brasileiro nesta sexta-feira, que incluiu também o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o papa Francisco.

Continua após a publicidade

A presença de alguns desses líderes é esperada na cúpula do G20, que ocorre nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

(Reportagem de Patricia Vilas Boas, em São Paulo)

Deixe seu comentário

Só para assinantes