Boeing prevê atrasos de duas a três semanas ao final de greve, diz Ryanair
Por Francois Murphy
VIENA (Reuters) - A Boeing informou a Ryanair, uma de suas principais clientes, que a produção de aeronaves provavelmente será prejudicada durante duas a três semanas após o fim da atual greve, disse o presidente-executivo da companhia aérea europeia, Michael O'Leary, nesta terça-feira.
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Licenças para milhares de funcionários da Boeing nos Estados Unidos entraram em vigor na sexta-feira, após mais de 32 mil trabalhadores entrarem em greve na semana anterior, interrompendo a produção do 737 MAX e de outros jatos da Boeing.
"A Boeing está nos informando que a greve atrasará as entregas de aeronaves pelo período da greve mais duas ou três semanas", disse O'Leary a jornalistas, estimando que a greve durará de duas a quatro semanas.
O disse que a Boeing garantiu à Ryanair que o prazo de entrega de 30 jatos 737 MAX, previsto para o próximo mês de junho, não será afetado se a greve terminar dentro de três a quatro semanas.
"Não temos certeza, porém, de que necessariamente acreditamos nisso, mas não temos outra escolha a não ser trabalhar com a Boeing quando a greve terminar para ajudá-los a aumentar a produção e recuperar as três, quatro, cinco, seis semanas de atrasos."
No início deste mês, O'Leary disse que a combinação de atrasos existentes com uma greve prolongada da Boeing poderia reduzir para 20 o número de aeronaves que a empresa receberá até meados do ano.
Questionado sobre esse comentário nesta terça-feira, o executivo disse que a Ryanair ainda está trabalhando com a suposição de que todos os 30 aviões serão entregues.