Adoção da biotecnologia atinge 40,2 milhões de hectares no país
Os produtores rurais brasileiros semearam 40,2 milhões de hectares na safra 2013/14, um avanço de 6,8% em relação à safra anterior, conforme o segundo levantamento da consultoria Céleres, divulgado nesta manhã. Em relação ao primeiro levantamento, no entanto, o resultado representa uma queda de 0,4% na adoção da biotecnologia no país.
A soja transgênica continua liderando a adoção de biotecnologia, atingindo 27 milhões de hectares, ou 67,2% da área total com culturas geneticamente modificadas. Já o milho, somando as safras de verão e de inverno, ocupará 12,5 milhões de hectares (31,2% do total) . Por último, a cotonicultura geneticamente modificada representa 1,5% da área total com esta tecnologia, ou 0,61 milhão de hectares, aponta a consultoria.
De acordo com a Céleres, o tratamento mais procurados pelos produtores rurais brasileiros foi o de tolerância a herbicida, com 25,9 milhões de hectares ou 64,5% do total. Houve uma queda, no entanto, de 0,6% em relação ao ano anterior, devido à mudança de alguns sojicultores para a tecnologia denominada RI /TH, que combina tanto resistência a insetos como tolerância a herbicidas.
Houve queda também de 5,9% na procura por sementes de algodão tolerantes à herbicida. Isso se explica, segundo o levantamento, principalmente pelos resultados ruins apresentados por esta tecnologia e pela mudança para sementes resistentes a insetos, devido ao aumento expressivo do ataque de lagartas.
Na análise por Estado, o levantamento aponta para um avanço da transgenia nos principais produtores do país, com destaque para a nova fronteira agrícola de "Mapitoba" - Maranhão, Piauí, Tocantins e oeste Baiano.
De modo geral, o Mato Grosso lidera o ranking nacional com um total de 10,9 milhões de hectares cultivados com lavouras geneticamente modificadas. Em seguida aparece o Paraná, com 7 milhões de hectares e o Rio Grande do Sul, com 5,5 milhões de hectares.
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