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Dólar fecha em alta com maior aversão a risco no exterior

10/10/2014 17h29

O dólar fechou em alta frente ao real pelo segundo dia consecutivo, reagindo a maior aversão a risco no exterior, diante das preocupações com a zona do euro, e à decepção com os resultados de pesquisas eleitorais divulgadas ontem, as quais não corroboraram um cenário mais vantajoso para a oposição na corrida presidencial.

O dólar comercial subiu 1,17%, encerrando a R$ 2,4243. Com isso, a moeda americana acumula queda de 1,52% na semana e de 0,95% no mês. Já o contrato futuro para novembro avançava 1% para R$ 2,435.

A moeda americana acelerou a alta no fim da tarde após a notícia de que a agência de classificação de risco Standard & Poor's colou em observação negativa o rating soberano da França, que está em "AA". O anúncio reforçou a preocupação com a recuperação da zona do euro, após dados econômicos fracos da Alemanha divulgados nesta semana.

A situação na Europa coloca em sinal de alerta o crescimento da economia mundial, com a China dando sinais desaceleração e o Japão ainda mostrando dados decepcionantes. Há temores de que mesmo os Estados Unidos possam ter sua retomada freada, entre outros fatores, pela apreciação do dólar.

Lá fora, o dólar mostrava expressiva alta frente às principais divisas, subindo 0,61% em relação ao euro, 0,99% diante do dólar australiano e 0,70% frente à lira turca.

No mercado interno, as pesquisas eleitorais divulgadas ontem pelos institutos Ibope e Datafolha mostraram um empate técnico entre o candidato Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma, o que decepcionou um pouco o mercado, após circularem rumores nesta semana de que o candidato tucano teria aberto uma vantagem em relação à Dilma no segundo turno.

Aécio apareceu com 51% das intenções de votos válidos, contra 49% para Dilma Rousseff (PT) em ambas as pesquisas. Há, portanto, um empate técnico entre os dois concorrentes, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais.

Desde os resultados do primeiro turno, em que Aécio surpreendeu ao ficar apenas 8 pontos percentuais atrás de Dilma, o mercado passou a colocar mais fichas numa vitória do tucano, também pela expectativa de que parte dos quase 22,2 milhões de votos destinados a Marina Silva (PSB), terceira colocada na votação, migrasse para o candidato do PSDB. O mercado aguarda agora o posicionamento de Marina Silva sobre seu apoio no segundo turno.

Aécio é visto como mais pró-mercado e inclinado a promover reformas entendidas por investidores como necessárias para a recuperação da credibilidade e confiança na economia brasileira.

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