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Greve da Petrobras atinge 10 Estados; empresa diz que produção está normal

24/07/2015 11h31

A greve de 24 horas de duração de petroleiros da Petrobras, iniciada às 0h desta sexta-feira (24), ocorre em pelo menos dez Estados e tem adesão de plataformas de produção, refinarias, terminais da Transpetro e até termelétricas, de acordo com o primeiro balanço sobre o movimento, divulgado pela FUP (Federação Única dos Petroleiros).

No Rio de Janeiro, a FUP confirma os dados divulgados pelo Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), de entrega da operação de pelo menos 14 plataformas, de um total de 25 que aprovaram adesão ao movimento. Também há informações de adesão à greve na refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Terminal de Campos Elíseos (Tecam) e na termelétrica Governador Leonel Brizola.

Em São Paulo, todas as unidades operacionais, incluindo as refinarias Replan e Recap, terminais da Transpetro em Barueri, São Caetano, Guararema e Guarulhos e usinas térmicas, estão paralisadas. Nas áreas administrativas, a greve também teve adesão de trabalhadores próprios e terceirizados.

Em Minas Gerais, a paralisação ocorre na refinaria Gabriel Passos (Regap), na térmica Aureliano Chaves, na usina de biodiesel Darcy Ribeiro e no terminal da Transpetro em Juiz de Fora.

No Espírito Santo, a greve atinge pelo menos uma termelétrica em Linhares e terminais da Transpetro, em Aracruz e Vitória.

No Paraná, o movimento ocorre na refinaria Repar, em terminais da Transpetro e até na fábrica de fertilizantes Fafen.

Em Pernambuco, foi identificada paralisação no terminal de Suape.

Na Bahia, a paralisação ocorre em todas as unidades da Petrobras no Estado, segundo a FUP.

No Ceará, os trabalhadores não estão emitindo permissão de trabalho nas plataformas marítimas, na Petrobras Biocombustível e no terminal da Transpetro.

No Rio Grande do Norte, a informação é de que todas as bases estão paralisadas. Na sede administrativa da Petrobras em Natal, a greve teve adesão de 90%.

E, no Amazonas, a greve ocorre principalmente na refinaria de Manaus (Reman), principal unidade da companhia no Estado. Há informações, contudo, de paralisações em terminais da Transpetro.

"Dentro da normalidade"

A Petrobras informou nesta sexta-feira que as atividades da companhia estão dentro da normalidade, sem prejuízo à produção petrolífera, apesar da greve.

O movimento é contra o plano de desinvestimentos da empresa, que prevê levantar US$ 57,6 bilhões com a venda de ativos nos próximos quatro anos.

"Nossas atividades estão dentro da normalidade, sem prejuízo à produção, estando preservada a segurança de instalações e dos trabalhadores", informou a Petrobras em sua conta oficial no Twitter.