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Atividade econômica reduz ritmo de queda no 2º trimestre, diz Serasa

18/08/2016 11h01

Com um desempenho melhor da indústria e dos investimentos, a queda da atividade econômica brasileira arrefeceu do primeiro para o segundo trimestre deste ano, de acordo com indicador calculado pela Serasa Experian. O consumo das famílias ainda caiu de forma expressiva, embora menos, e o setor externo deu uma contribuição menor para o desempenho da economia no período.

O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica aponta queda de 0,16% no segundo trimestre deste ano, ante o primeiro, feitos os ajustes sazonais, após recuo de 0,28% no período de janeiro a março e de 1,3% no quarto trimestre de 2015. No segundo trimestre de 2015, a atividade havia recuado 2% sobre o primeiro.

Outros indicadores que medem a atividade econômica divulgados recentemente também mostram melhora relativa do produto. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,53% no segundo trimestre, após queda de 1,4% no primeiro, na série com ajuste sazonal. O Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), indicou queda de 0,2% no período de abril a junho, de recuo de 0,54% de janeiro a março. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informará o resultado do PIB do segundo trimestre no próximo dia 31 de agosto.

Comparado ao segundo trimestre do ano passado, o indicador da Serasa aponta queda de 3,2% na atividade, um percentual menor que o recuo do primeiro trimestre, de 5,42% na mesma base de comparação. Em 12 meses, contudo, a atividade ainda cai 4,7%, percentual que se mantém desde março.

Indústria e investimentos melhoram

Do lado da oferta agregada, no segundo trimestre ante o primeiro, o PIB da indústria aumentou 1,1%, após queda de 1,2%, enquanto o da agropecuária subiu 1,7%, de uma queda anterior de 0,3%. Os serviços não alteraram a trajetória. A queda de 0,2% no primeiro trimestre diminuiu ligeiramente para recuo de 0,1% no segundo.

No lado da demanda, o consumo das famílias saiu de um recuo de 1,7% no primeiro trimestre ante o último do ano passado, para queda de 0,9% no segundo trimestre. O consumo do governo inverteu o sinal, saiu de alta de 1% para queda de 1% no período. Já a formação bruta de capital fixo (medida de investimentos) aumentou 2,2%, após cair 2,7% no primeiro trimestre.

No setor externo, as exportações de bens e serviços caíram 0,6% de abril a junho, após terem registrado alta de 6,5% de janeiro a março, enquanto as importações aumentaram 5,9%, após queda de 5,6% no primeiro trimestre.

Na comparação do segundo trimestre com o segundo trimestre de 2015, houve melhora relativa em todos as linhas de oferta e demanda, com execeção do consumo do governo, que saiu de queda de 1,45% para recuo de 3,15%. No lado da oferta, a indústria saiu de queda de 7,32% para recuo de 2,30%; os serviços, de diminuição de 3,70% para retração de 2,65%; e a agropecuária, de queda de 3,72% para alta de 1,42%. Na demanda, o consumo das famílias saiu de queda de 6,27% para menos 5,49% e os investimentos, de recuo de 17,48% para queda de 8,41%. No lado externo, as exportações tiveram uma alta menor. Saíram de aumento de 13% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para 3,22% no segundo trimestre. As importações caíram 10,24%, menos que a diminuição de 21,69% do período anterior.

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