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Juros têm leves alterações após ata do Copom; dólar ronda R$ 3,26

06/09/2016 10h25

Após a leitura da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado de juros registra leves oscilações. Segundo profissionais, o documento corroborou a mensagem deixada pelo comunicado do Banco Central (BC), de que a porta para um corte de juros em outubro está aberta. Mas que, para que esse cenário se concretize, é preciso que tanto a inflação corrente quanto as expectativas mostrem alívio e, sobretudo, que haja sinais positivos vindo do lado das reformas.

Em resposta a esse quadro, o mercado já aposta na ideia de que o ciclo de alívio monetário pode começar no mês que vem, mas não viu na ata motivos para ampliar de forma expressiva essas posições vendidas.

O documento confirma que as projeções para a inflação para 2017 estão caindo, mas que esse recuo ocorre mais lentamente do que o desejado no cenário de mercado. A inflação só converge para o centro da meta, de 4,5%, no cenário de referência, que considera Selic estável em 14,25%. Ainda assim, o documento reitera que o cenário base do comitê é de que a desinflação prossiga nos próximos anos. E também observa que a surpresa negativa com a inflação corrente, provocada pelos alimentos e talvez por uma persistência maior da inflação, ajudam a explicar a piora das expectativas captadas pela Focus. Esse quadro pode melhorar até outubro. E é nisso que o mercado se baseia para formar suas apostas. A menos que surja uma surpresa negativa com inflação até lá, o Copom parece disposto a iniciar o corte de juro, movimento considerado fundamental para reativação da economia neste momento.

O volume fraco de negócios, um dia após o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos e um dia antes do feriado brasileiro do Dia da Independência, também limita grandes reações. Mas agentes chamam a atenção para o fato de que, de agora em diante, aumentam as chances de ingresso de recursos externos para renda fixa. Acabaram as férias no hemisfério norte, diminuíram os riscos de uma alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) no curto prazo e, no Brasil, a proximidade do início do alívio monetário sugere que há prêmio a ser aproveitado.

Às 10h18, DI janeiro/2018 era negociado a 12,53%, quase estável ante o ajuste de ontem; DI janeiro/2019 tinha taxa de 11,94% e o DI janeiro/2021 tinha taxa de 11,94%, ante 11,93%.

No lado do câmbio, o dólar comercial recuava 0,66%, para R$ 3,2597.

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