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Juros futuros fecham setembro perto das mínimas do ano

30/09/2016 18h00

Os juros futuros encerraram o mês de setembro perto das mínimas no ano, refletindo o reforço das apostas em corte da taxa Selic que ocorreu nas últimas sessões. A queda ocorreu tanto entre os contratos mais curtos quanto os mais longos, numa demonstração de que há uma firme confiança num cenário de inflação mais positivo pela frente.

Na BM&F, o DI janeiro/2021 fechou o pregão regular com taxa de 11,57%, ante 11,62% ontem. A mínima deste contrato, de 11,56%, foi atingida na quarta-feira. O DI janeiro/2018 tinha taxa de 12,19% (12,23% ontem). E o DI janeiro/2019 terminou o pregão a 11,61%, ante 11,63%.

Esse movimento manteve a curva a termo levemente inclinada: a diferença entre o DI janeiro/2019 e o DI janeiro/2021 está negativa em 0,04 ponto. Quando o mercado aposta em corte de juros, é normal que um movimento oposto aconteça: que a inclinação fique positiva, dado o aumento do risco de que a inflação no futuro volte a subir. O que a reação do mercado mostra é que, dado o quadro de atividade fraca e a persistência da taxa Selic nos níveis atuais por tanto tempo, o cenário ainda é de inflação cadente no longo prazo.

Com a aposta no início do ciclo monetário em outubro, que ganhou força após a divulgação do Relatório de Inflação, na terça-feira, os ganhos no mercado de renda fixa tiveram alguma melhora no mês de setembro. O IRF-M, índice calculado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para medir o desempenho dos títulos públicos prefixados, fechou o mês em alta de 1,84%, o que eleva a valorização no ano para 19,16%. Já o IRF-M 1+, termômetro dos papéis com vencimento superior a um ano, subiu 2,17% no mês e 25,05% no ano.

Esse movimento pode se intensificar nos próximos dias, caso a aposta em um corte mais forte dos juros, de 0,5 ponto, venha a ganhar corpo. Na próxima semana, além da agenda fiscal, a participação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de sessão na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na terça-feira será um evento a influenciar essas expectativas.

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