Presidente da Eletronuclear vai acompanhar Temer em viagem à China
28/08/2017 15h52
O presidente da Eletronuclear, Bruno Barretto, vai acompanhar o presidente Michel Temer em viagem à China prevista para esta semana. Temer deve embarcar amanhã e a previsão é que fique fora do Brasil por uma semana. Há uma expectativa de que, nesta viagem, seja assinado um novo acordo entre Eletronuclear e a chinesa China National Nuclear Corporation (CNNC), de acordo com fontes que acompanham o assunto.
A empresa brasileira, subsidiária da Eletrobras que responde por Angra 3, já tem memorando de entendimento com a CNNC, assinado em dezembro de 2016, para possível participação da companhia chinesa na construção da usina nuclear ? que está parada. Este documento foi assinado na época pelo presidente da elétrica, Bruno Barretto, em visita à China para buscar parceiros que viabilizem a retomada das obras do empreendimento, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.
As obras de Angra 3 foram paralisadas no fim de 2015, quando as empreiteiras responsáveis desistiram do projeto e alegaram atrasos de pagamentos pela Eletronuclear.
De acordo com fontes que acompanham o tema, não se sabe o teor do novo acordo, se seria extensão do memorando de entendimentos ou se uma parceria já firmada entre as partes para conclusão de Angra 3.
Segundo fontes, a China, junto com a Rússia, são os principais candidatos a uma parceria com Eletronuclear para construção de Angra 3. Em junho, Temer esteve na Rússia ? mas nenhum acordo sobre o assunto foi firmado na ocasião.
A expectativa do governo brasileiro, de acordo com a mesma fonte, é que na China as tratativas para o empreendimento avancem mais, e que a China ganhe espaço em relação à Rússia na competição pelo projeto.
Na prática, a avaliação de China e Rússia é que o Brasil precisará de novas usinas nucleares no longo prazo, ou seja: uma parceria para Angra 3, hoje, seria estratégica para firmar novos negócios no futuro com a Eletronuclear.
Além disso, para o governo brasileiro, a parceria seria vantajosa, visto que o país poderia tocar o projeto com mais recursos, originados de um parceiro estratégico.