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Atratividade social no trabalho é mais importante que beleza física, diz cientista

Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Edson Valente

Do UOL, em São Paulo

05/09/2012 14h00

A máxima de que a beleza é relativa vale também para o mercado de trabalho. Se a cientista social inglesa Catherine Hakim, autora do livro “Capital Erótico”, sustenta que indivíduos atraentes são mais bem-sucedidos, ela afirma ainda que mesmo alguém considerado feio pode se tornar atraente.

 

 

Essa potencialização da atratividade, segundo Hakim, acontece quando a pessoa aprende a escolher cores e estilos atrativos ao se vestir, mantém-se em forma e desenvolve habilidades sociais e boas maneiras.

 

Nesse contexto, é preciso escolher peças de vestuário adequadas ao cargo que se ocupa ou ao negócio em que se trabalha. Para as mulheres executivas, por exemplo, a cientista recomenda discrição nos decotes e saias abaixo dos joelhos.

 

“No local de trabalho, atratividade social é mais importante que atratividade física, exceto na indústria de entretenimento”, destaca.

 

Christine Lagarde, atual diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional) – a primeira mulher a ocupar o posto –, representa bem, diz, a categoria dos que não possuem uma beleza clássica, mas são extremamente atraentes. “Ela é magra, elegante e tem um belo sorriso. Sorrir torna qualquer um mais atraente – e não custa nada.”

 

Atratividade

 

O capital erótico é definido pela autora como “uma combinação de atratividade física e social, uma mistura de beleza, ‘sex appeal’, carisma, vivacidade e estilo ao se vestir”. Hakim é categórica ao afirmar que “o capital erótico, embora pouco reconhecido, é o ativo poderoso que conta tanto quanto as qualificações educacionais para o sucesso no trabalho, na política, na mídia, nos esportes e nas artes”.

 

De acordo com esse raciocínio, a associação de beleza e carisma ajuda as pessoas a receber promoções e aumentos e a ter clientes mais satisfeitos.

 

“Gerentes e profissionais se valem do benefício de serem atraentes porque as pessoas estão mais propensas a cooperar com eles, ajuda-los, lembrar deles de uma maneira positiva, e assim eles criam melhores redes de contatos e também ficam mais confiantes”, desenvolve a especialista.