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Emprego na indústria recua 1% em junho, sexta queda seguida, diz IBGE

Do UOL, em São Paulo

19/08/2015 09h05

O emprego na indústria brasileira caiu 1% em junho na comparação com o mês anterior. É a sexta taxa negativa seguida, acumulando perda de 4,1% no semestre. Na comparação com junho do ano passado, a queda no emprego industrial foi de 6,3%, 45º resultado negativo nesse tipo de comparação e o maior desde agosto de 2009. 

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário). A pesquisa anterior, com dados de maio, registrou queda de 1% no mês e 5,8% em um ano.

Comparado com o mesmo período de 2014, o emprego na indústria caiu 5,2% no semestre e 5,8% no segundo trimestre deste ano. No acumulado dos doze meses até junho, o recuo foi de 4,6%, mantendo a trajetória de queda que começou em setembro de 2013. 

Emprego industrial caiu em todos os setores

O número de trabalhadores na indústria caiu em junho nos 18 ramos pesquisados pelo IBGE, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

O instituto destaca as quedas em máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-11,8%), meios de transporte (-11,4%), máquinas e equipamentos (-8,9%) e outros produtos da indústria de transformação (-9,3%).

No acumulado do semestre, o emprego também teve queda em todos os setores pesquisados.

Valor da folha de pagamento cai 6,1% no semestre

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o valor da folha de pagamento real (ajustada pela inflação) caiu 7,1% em junho, 7,5% no segundo trimestre do ano (quarto trimestre seguido de taxa negativa) e 6,1% no semestre.

Em junho, comparado com maio, o valor da folha caiu 0,6%, quarta taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 3,4% no período.

O número de horas pagas ao trabalhador também caiu no mês (-6,3%), no segundo trimestre (6,3%) e no semestre (5,8%), em relação ao mesmo período de 2014. Entre maio e junho, a queda foi de 0,6%

Desemprego chegou a 6,9% em junho

Segundo a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), divulgada pelo IBGE no mês passado, o desemprego em junho subiu a 6,9%, maior taxa para o mês desde 2010. A pesquisa leva em conta dados de seis regiões metropolitanas do Brasil: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O país também teve saldo negativo de postos de trabalho em junho, cortando 111.199 vagas com carteira assinada no mês, o pior resultado desde 1992, segundo dados do Ministério do Trabalho. 

Indústria de São Paulo cortou 92,5 mil vagas no ano

De acordo com pesquisa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), divulgada na semana passada, a indústria de São Paulo cortou 92,5 mil postos de trabalho de janeiro a julho deste ano. Foi o pior resultado para o período desde 2006, quando começou a ser feita a pesquisa

Taxa de desemprego para junho é a maior desde 2010