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País fecha 111,2 mil vagas com carteira assinada; é o pior junho desde 1992

Do UOL, em São Paulo

17/07/2015 16h26

O Brasil cortou 111.199 vagas de trabalho com carteira assinada em junho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (17). Esse é o pior resultado para o mês desde 1992 (na comparação sem ajustes).

Na série ajustada, que usa as informações declaradas fora do prazo, no acumulado do ano o país teve uma perda de 345.417 empregos. Nos últimos doze meses, a redução foi de 601.924 postos.

Em maio, o país havia fechado 115.599 vagas de trabalho com carteira assinada, o pior resultado para um mês de maio desde 1992.

O resultado superou a expectativa de analistas. Pesquisa da Reuters mostrou que a mediana das expectativas era de fechamento de 98 mil empregos.

Maioria dos setores fechou postos em junho

Nos oito setores analisados, apenas a agricultura registrou saldo positivo de emprego em junho, com 44.650 novas vagas, por motivos sazonais, segundo o governo. Os demais tiveram queda, com destaque para a indústria de transformação (-64.228), serviços (-39.130) e comércio (-25.585), que registraram as maiores perdas.

Apenas Centro-Oeste teve saldo positivo em junho

Quatro regiões brasileiras tiveram saldo negativo de vagas em junho. A maior variação foi no Norte, com menos 7.996 (-0,42%). No total, o Sudeste teve a maior perda, com 57.294 vagas a menos (-0,26%). O Sul fechou 30.828 (-0,41%) e o Nordeste, 18.589 (-0,28%). Apenas o Centro-Oeste teve saldo positivo, com 3.508 vagas (0,11%).

Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão, Goiás, Ceará, e Acre foram os únicos Estados com desempenho positivo. Segundo o governo, os Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina foram os principais responsáveis pela perda do emprego no mês de junho.

Governo lançou programa para evitar corte de emprego

Com o objetivo de evitar cortes de vagas, o governo lançou no último dia 6 uma MP (medida provisória) criando um programa para proteção do emprego, que permite empresas de setores em crise cortarem em até 30% a jornada de trabalho e o salário dos trabalhadores. Metade da perda salarial será compensada pelo governo.

Os setores sucroalcooleiro, metalúrgico, automotivo, de componentes eletrônicos e de produção de carne foram os primeiros eleitos pelo governo para serem enquadrados na nova política.

(Com Valor e Reuters)

 

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