Acer: Parcelamento sem juros é ponto-chave para setor de tecnologia

O parcelamento sem juros no cartão de crédito é ponto-chave para o setor de tecnologia, que seria prejudicado se a modalidade fosse extinta. É o que diz Germano Couy, presidente da fabricante de computadores Acer na América Latina, em entrevista ao UOL Líderes.

O que ele disse

Parcelamento sem juros é fundamental para setor de tecnologia. O executivo diz que, como os notebooks são produtos mais caros, o consumidor tem o costume de parcelar a compra. Caso o parcelamento sem juros não fosse mais permitido, o setor de tecnologia seria prejudicado, diz.

Quase todos os equipamentos vendidos no Brasil são produzidos aqui. Ele diz que 95% dos produtos da Acer vendidos no Brasil são produzidos aqui. A maior parte é produzida em São Paulo, e há também produção em Manaus. A Acer tem apenas uma fábrica na Índia e a maior parte de sua produção no mundo é terceirizada.

Jogador de videogame troca de computador com mais frequência. Os produtos para gamers são destaque no portfólio da Acer. Segundo Couy, esse é um mercado de alto consumo e os jogadores trocam de computador com mais frequência. "O jogador quer sempre estar com mais performance", diz.

Gamers jogam até mais de 12 horas por dia e podem faturar alto. O executivo afirma que há casos em que os jogadores ficam até mais de 12 horas jogando. Segundo ele, a recomendação da empresa é não ultrapassar as duas horas de jogo, para preservar o bem-estar do jogador. Mas ele pondera que muitas vezes o jogador tem aquilo como profissão, e ganha até mais do que o presidente de uma empresa.

Alto custo dos equipamentos e baixa renda são entraves para o setor. Couy diz que os equipamentos são mais caros no Brasil, se comparados com mercados como o europeu e o americano. Segundo ele, esse custo se deve à carga tributária e à necessidade de importação de peças da Ásia. O alto custo e a baixa renda da população são as principais barreiras para o crescimento do setor por aqui, diz.

Você pode ver destaques da entrevista no vídeo acima ou ouvir a conversa na versão podcast, em plataformas como Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts, entre outras.

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