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Presidente do PT diz que Levy segue orientação de Dilma

Pedro Ladeira /Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira /Folhapress

06/01/2015 21h21Atualizada em 07/01/2015 19h38

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta terça-feira que não há "discrepância" entre o discurso de posse do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a "matriz da política econômica" da presidente Dilma Rousseff. Em última instância, disse o presidente nacional do PT, a orientação é de Dilma.

Ao assumir formalmente o cargo na segunda-feira, em cerimônia concorrida, Levy apontou para ajustes nas contas públicas, externou oposição a créditos subsidiados e a desonerações e criticou o patrimonialismo que favorece indivíduos e grupos, pregando igualdade de oportunidades. Mencionou ainda a possibilidade de revisão de tributos, deixando aberta a porta da elevação de impostos.

"Ele [Joaquim Levy] citou inclusive a presidente Dilma quando citou a questão do patrimonialismo. Todos os ministros estão vinculados a um programa de governo que foi vitorioso nas urnas", afirmou Rui Falcão.

"Seja qual for o ajuste, se fará sem sacrifício de direitos, sem prejudicar o emprego, sem arrochar salários. Isso é orientação da presidente. E o ajuste é necessário pelo quadro econômico que vocês conhecem e o impacto da crise econômica mundial aqui no Brasil", completou, justificando as medidas de cortes de gastos que virão.

Pepe Vargas

O presidente nacional do PT afirmou ainda que não há desconforto no partido com a indicação do deputado Pepe Vargas (PT-RS) para o comando da articulação política à frente da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).

"Não achamos que o ministério é montado de acordo com tendências políticas do PT", disse Rui Falcão, acrescentando ter levado essa posição do partido ao ministro. "É um ministério com a cara do PT, como todos os outros, embora seja um governo de coalizão. Não há oposição entre Dilma, Lula e PT", completou.

Pepe Vargas, assim como o novo ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, ambos gaúchos, integram a tendência petista minoritária Democracia Socialista. No primeiro mandato, as duas pastas eram integradas por membros da tendência Construindo um Novo Brasil, majoritária.