Exportações de carne suína caem 9,93%, com menores vendas para Ucrânia

De janeiro a outubro, o Brasil exportou 441 mil toneladas de carne suína, queda de 9,93% em relação ao mesmo período de 2012.

A receita, de US$ 1,16 bilhão, foi 7,86% menor em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína).

Em outubro, foram enviadas 52 mil toneladas de carne suína ao exterior, volume de vendas 15% menor do que o do mesmo mês em 2012. Segundo a Abipecs, mesmo que as exportações até o final do ano se mantenham em torno de 50 mil toneladas mensais, o total não será suficiente para que 2013 termine com um resultado maior do que 540 mil toneladas.

A suspensão das importações de carne suína brasileira pela Ucrânia no primeiro semestre é apontada como uma das principais causas para o menor resultado deste ano. O resultado de outubro também se deve à queda de 54% dos embarques à Ucrânia neste mês, um dos principais mercados para a carne brasileira.

Para o presidente da Abipecs, Rui Eduardo Saldanha Vargas, a falta de oferta interna também freou as vendas. "O mercado externo permanece comprador, mas a menor oferta interna tem impedido o fechamento de volumes maiores. As exportações, em outubro, sinalizaram certa recuperação do que se deixou de vender no primeiro semestre", disse.

Em outubro, o preço médio da carne suína subiu 1,83% (chegou a US$ 2.744 a tonelada). No ano, o preço médio da tonelada aumentou 2,31%, passando de US$ 2.560 para US$ 2.620.

Os principais destinos das vendas, em outubro, foram Rússia, com 11,66 mil toneladas, crescimento de 7,76% na comparação com o mesmo mês de 2012; Hong Kong, com 11 mil toneladas, aumento de 0,98%; Ucrânia, com 7,86 mil toneladas, queda de 54%; Angola, com 5,33 mil toneladas, retração de 4,58% na comparação com outubro do ano passado; e Venezuela, com 3,5 mil toneladas, encolhimento de 31,96%.

Os principais estados exportadores, no acumulado do ano, são Santa Catarina (146,5 mil toneladas); Rio Grande do Sul (141 mil); Goiás (59, mil); Minas Gerais (40 mil); Paraná (35,37 mil); e Mato Grosso do Sul (12,25 mil).