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Carla Araújo

Operação de combate à covid não tem data para acabar, dizem Forças Armadas

Jair Bolsonaro ao lado de Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa - Foto:  Antonio Cruz - 27.fev.2020/Agência Brasil
Jair Bolsonaro ao lado de Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa Imagem: Foto: Antonio Cruz - 27.fev.2020/Agência Brasil

Do UOL, em Brasília

19/05/2020 18h48Atualizada em 19/05/2020 20h00

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Enquanto o presidente Jair Bolsonaro trabalha para relaxar a política de quarentena e desobedece algumas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para controlar a pandemia do coronavírus, quase 30 mil militares atuam diariamente em ações de combate à doença ou auxílio à população.

De acordo com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, os 10 comandos conjuntos espalhados pelo Brasil, criados para o combate a covid-19, estão organizados, com recursos ainda suficientes e, por se tratar de uma missão humanitária, não têm data para encerrar os trabalhos.

Além de transporte de equipamentos de saúde e medicamentos para regiões mais necessitadas, a Operação conta com a distribuição de água e cestas básicas e realiza apoio em construção de hospitais de campanha. Cabe ainda ao Ministério da Defesa também campanhas de descontaminar áreas de circulação, como hospitais, metrôs, rodoviárias, aeroportos, estações de trens e escolas.

"Isso é uma constante que o pessoal nosso tem feito em relação à logística, a distribuição. Essa é uma ajuda que as Forças Armadas estão dando num momento que o Brasil precisa e vamos continuar", afirmou a um grupo de jornalistas convidados para conhecer o Centro de Operações Conjuntas (COC), no Ministério da Defesa, em Brasília.

Azevedo explicou ainda que diferente das Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), por se tratar de uma missão humanitária logística não há prazo previsto. "Vamos continuar enquanto for necessário o apoio das Forças Armadas", declarou.

O Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), de onde são programados os voos de transporte de matérias e profissionais para todo o Brasil, o Major-Brigadeiro Ricardo Mangrich também afirmou que não há data prevista para o fim Operação Covid-19.

"É como uma guerra, não tem como ter data prevista. Tratamos a operação de combate ao vírus como se fosse uma guerra. Nosso inimigo é esse vírus e vamos fazer de tudo, dentro da missão institucional da FAB, para derrotar o vírus".

Mangrich destacou ainda que as Forças Armadas trabalham com um trabalho de contingência. "É inaceitável de se situação de agravar, as forças armadas não estarem preparadas", declarou, ressaltando que trabalham com cenários para a situação amenizar, estabilizar e se agravar.
Recursos

O ministro disse ainda que o crédito de R$ 220 milhões repassados à pasta ainda está sendo suficiente, mas disse que é possível que com a continuidade das ações seja preciso um crédito adicional.

"Nós tivemos um recurso inicial, que estamos ainda usando. Se o nosso apoio continuar e deve continuar, deveremos pedir uma suplementação em relação a isso", afirmou, sem estimar o quanto pode ser necessário.

Ação na Amazônia

No início desta semana, uma operação coordenada pela Defesa transportou profissionais de saúde e duas toneladas de matérias hospitalares para São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, ambos no Amazonas, região com alta incidência da doença.

No total, dez profissionais de saúde (dois médicos, um fisioterapeuta e sete enfermeiros) ficarão na região por três semanas.

Somente em São Gabriel da Cachoeira, há cerca de 600 militares diretamente na Operacão Covid-19 fazendo barreiras sanitárias, controlando o fluxo no rio e impedimento o contato com as comunidades indígenas. A cidadã está em lockdowm, isolamento mais rígido por conta da pandemia.

O primeiro caso de coronavírus no município aconteceu há um mês. Atualmente, são 303 casos, 24 recuperados e 12 óbitos.