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Silva e Luna ainda se diz focado em Itaipu e vê missão de Deus na Petrobras
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Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna afirmou que o momento é de cautela, que é necessário aguardar a manifestação do Conselho de Administração da empresa, que precisa aprovar seu nome para substituir Roberto Castello Branco, mas que receberá a missão dada por Deus com responsabilidade.
"Sei da grande responsabilidade que é administrar uma empresa como a Petrobras. Mas tenham certeza que farei o melhor por ela e pelo Brasil, porque o que não me falta é humildade e vontade de trabalhar, aprender e acertar, sempre com espírito de equipe, adotando medidas tomadas em colegiado", disse à coluna.
O general disse ainda que se seu nome for aprovado estará "a postos para cumprir mais uma missão que Deus coloca em meu caminho e que foi confiada a mim pelo presidente Bolsonaro".
Em uma postura distinta da de Bolsonaro, que fez ataques a Castello Branco, Silva e Luna afirmou que não é o momento de falar da Petrobras, justamente para não ser indelicado com a gestão atual.
"Embora eu esteja feliz com a indicação do meu nome pelo presidente Jair Bolsonaro, para assumir a presidência da Petrobras, entendo que este é um momento que exige cautela. Não quero, de forma alguma, ser indelicado com a atual administração daquela que é a maior empresa estatal do Brasil. É preciso aguardar, com toda a tranquilidade, a manifestação do Conselho de Administração da Petrobras", afirmou. A reunião do Conselho está marcada para amanhã (23).
Balanço de dois anos
O general afirmou que ainda está envolvido com seu trabalho em Itaipu. "No momento, estou mergulhado nas questões da Itaipu Binacional, na qual ainda continuo a ter as responsabilidades do cargo de diretor-geral brasileiro", disse.
Chegando a marca de dois anos no cargo, o general prepara a transição e faz um balanço das suas ações no comando da Itaipu.
Entre os pontos destacados está a construção de uma nova ponte entre o Brasil e o Paraguai; a transformação do Aeroporto de Foz do Iguaçu; e a futura duplicação da rodovia mais importante para o turismo do município, a BR-469, que dá acesso às Cataratas do Iguaçu.
Segundo informações oficiais de Itaipu, a gestão de Silva e Luna investiu em uma política de "austeridade e transparência". "O redirecionamento de recursos, antes aplicados sem aderência à própria missão da usina, possibilitou investimentos de R$ 2,5 bilhões em iniciativas que vão mudar o perfil socioeconômico do Oeste paranaense e de outras regiões, com resultados imediatos na geração de empregos, num momento em que a economia ainda está sob os efeitos provocados pela pandemia da covid-19", diz uma nota da hidrelétrica.
Desde que assumiu o cargo, Silva e Luna afirmou também que focaria em evitar desperdícios e gastos desnecessários. "Uma de suas primeiras medidas foi trazer todo o comando da usina para Foz do Iguaçu, sede brasileira de Itaipu, dando o exemplo pessoal, ao se mudar para a cidade", diz a assessoria.
Depois, o general extinguiu os escritórios de Curitiba (PR) e Brasília (DF).
Apoio de Bolsonaro
Silva e Luna assumiu a Itaipu em 26 de fevereiro de 2019, cinco dias depois de ser nomeado para o cargo. O apoio do presidente Bolsonaro a sua gestão é expressado pelas diversas vezes que o presidente foi até o Paraná para visitar a usina.
No próximo dia 25, há a previsão de que Bolsonaro lance o projeto de revitalização da linha de Furnas, que leva energia de Itaipu para o Sudeste e Centro-Oeste do País.
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