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Oposição faz nova ofensiva no STF contra privatização da Eletrobras
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Após o Podemos ingressar com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar derrubar a lei já sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro que abre caminho para a privatização da Eletrobras, outros partidos de oposição se uniram e protocolaram nesta quinta-feira (15) uma outra ação pedindo para que a Suprema Corte declare a lei inconstitucional.
PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede pedem que seja "imediatamente suspensa" a eficácia da Lei n. 14.182/2021. Eles alegam que, além do instrumento da Medida Provisória ter sido usado de forma irregular, o texto aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente possui "modificações substanciais no planejamento energético brasileiro, inteiramente dissociadas da matéria encaminhada pelo Poder Executivo".
Ou seja, para os parlamentares houve uma desvirtuação da medida provisória com a profusão de "jabutis" ou "contrabandos legislativos", temas alheios à matéria e que não deveriam ter sido aprovados na mesma MP.
Uma dessas inserções equivocadas, na avaliação da oposição, foi a exigência de contratação obrigatória de energia proveniente de Pequenas Centrais Hidrelétricas e de usinas termelétricas a gás natural.
"Trata-se de matéria que foge ao escopo da MP proposta pelo Executivo e que modifica a matriz energética brasileira, criando reservas de mercado adotadas sem o devido planejamento técnico", afirmam, destacando que a medida viola os princípios da separação dos poderes e da reserva da Administração, o princípio da livre concorrência e também prejudica a proteção constitucional ao meio ambiente.
Os parlamentares dizem ainda que são contra a autorização para o início da construção do Linhão de Tucuruí - 4 linha de transmissão que interligará Roraima ao Sistema Interligado Nacional, pois com a lei atual aprovada as obras acontecerão "às margens dos processos administrativos de licenciamento ambiental e de consulta à população indígena afetada, ambos já em curso".
Na ação, os deputados afirmam que a profusão de "jabutis" na conversão da Medida Provisória consistiram foi o "preço político para que o Governo Federal conseguisse a aprovação da matéria sensível no Congresso, enfim logrando realizar uma de suas prometidas privatizações".
"Ao todo, foram apresentadas 632 emendas, o que por si só já é indicativo da variedade de matérias abordadas pelo Congresso Nacional no projeto de conversão. Dentre as emendas aprovadas, encontram-se desde a prorrogação de contratos de concessão a previsões sobre programas de revitalização de bacias hidrográficas, a revelarem a fuga ao escopo de privatização da Eletrobras".
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