Dólar cai e fecha a R$ 6 e Bolsa sobe com expectativa por inflação dos EUA
Após rondar a estabilidade e fechar em leve queda na véspera, o dólar operou em baixa nesta terça-feira (14) e fechou com queda de 0,85% custando R$ 6,046. O Ibovespa fechou com alta de 0,3%.
O que aconteceu
Dólar comercial teve queda nesta terça-feira. A pequena variação nas primeiras negociações foi ampliada durante a manhã e mantida no período da tarde.
Cotação para viajantes também apresenta queda. O dólar turismo também fechou em baixa operando assim desde os primeiros momentos do pregão. O valor da moeda caiu 0,61% custando R$ 6,298.
Dados dos Estados Unidos no radar do mercado. A desvalorização do dólar surge em meio às expectativas sobre a inflação norte-americana, a ser divulgada amanhã (15). O dado pode ditar os rumos da política monetária dos EUA.
A combinação de fatores externos e internos mantém o câmbio em um intervalo de volatilidade controlada, mas o cenário segue dependente de sinais mais claros sobre a trajetória da política de juros do Fed e da política monetária brasileira.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos
Divulgada hoje, a inflação ao produtor é parâmetro para o índice oficial. Primeiro indicador a ser divulgado, o PPI e alguns de seus subíndices apresentam comportamento semelhante a componentes da inflação usada como referência para o BC dos EUA na definição dos juros, explica Andressa Durão, economista do ASA. "Os serviços médicos e financeiros vieram fracos em dezembro, enquanto as passagens aéreas limitaram os impactos baixistas", avalia.
Bolsa
Ibovespa abre o dia em alta. A variação positiva registrada pelo principal índice do mercado acionário brasileiro na primeira hora deste pregão foi seguida pela forte queda nos momentos seguintes. No entanto a Bolsa fechou em alta de 0,3%, aos 119.368,05. O volume financeiro do dia somou R$ 13,72 bilhões.
Desempenho mantém lateralidade observada nos últimos dias. Felipe Sant´Anna, especialista da Star Desk, afirma que os altos e baixos do Ibovespa refletem o desinteresse dos investidores, mesmo com as ações desvalorizadas. "Os dados de inflação ao produtor americano não foram suficientes para destravar o nosso mercado, nem foram gatilho para os estrangeiros pararem de vender a Bolsa brasileira", observa.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.