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Militares não farão desfile de 7 de setembro, mas estudam outras atividades
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Enquanto o presidente Jair Bolsonaro tenta inflar os protestos no dia 7 de setembro, Exército, Marinha e Aeronáutica ainda discutem como será a comemoração do Dia da Independência.
Em ofício enviado pelo Ministério da Defesa, no último dia 2 de agosto, as Forças foram orientadas a não realizar o tradicional desfile militar por conta da pandemia. O desfile também foi cancelado no ano passado.
O ofício enviado às três Forças foi assinado pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general Laerte de Souza Santos.
Apesar da orientação, alguns auxiliares do presidente Bolsonaro, incluindo o ministro da Defesa, general Braga Netto, defendem que seja realizada uma cerimônia menor, com o hasteamento da bandeira, no Palácio da Alvorada.
Exército, Marinha e Aeronáutica, no entanto, ainda não receberam nenhuma informação oficial sobre a atividade reduzida, mas fontes ouvidas pela coluna confirmam que o tema está sendo discutido e que a solenidade reduzida deve acontecer.
De acordo com fontes militares, a decisão do formato final da atividade deve ser tomada nesta semana, após reuniões que estão sendo realizadas com o Ministério da Defesa. De qualquer forma, afirmam, seria muito difícil ter tempo hábil para a realização do desfile no formato tradicional.
Nesta terça-feira, o presidente Bolsonaro voltou a dizer que estará nas ruas no dia 7 de setembro.
"Sou leal ao povo brasileiro, que vai estar na rua dia 7 de setembro. Tenho evento em Brasília. Não falei se vou participar ou não no evento de Brasília ou de São Paulo, sou presidente e posso participar. O povo é que tem que nos dar o norte do que devemos fazer", completou.
Entre os militares do Alto Comando há um desconforto crescente com as atitudes com viés golpista de Bolsonaro e, nos bastidores, admitem que o presidente tem tentado se apropriar da imagem das Forças para tentar inflar protestos a seu favor.
À coluna, um general do Alto Comando afirmou que não é papel das Forças Armadas ter envolvimento político e nem defender as causas de Bolsonaro. "Servimos aos presidentes do passado. Como servirmos ao atual e como serviremos aos que estão por vir. Outros presidentes virão", disse.
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