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Com confusão do IOF, Guedes desiste de ir para os EUA com Bolsonaro
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, não vai mais para Nova York para participar com o presidente Jair Bolsonaro em agendas relacionadas à Assembleia Geral da ONU. O presidente embarcou no domingo para os Estados Unidos e Guedes não integrou a comitiva.
Havia a possibilidade de o ministro ir nesta segunda-feira (20), mas, segundo auxiliares de Guedes, ele acabou desistindo por conta de agendas internas. Além de continuar investindo na negociação dos precatórios, Guedes tem buscado dar esclarecimentos ao que o Ministério da Economia tem chamado de "mal-entendido" em relação ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), anunciado na semana passada.
Durante o fim de semana, Guedes conversou com alguns players do mercado financeiro a fim de explicar a medida e fez questão de salientar que a decisão de aumentar o IOF para bancar o lançamento do novo programa Bolsa Família, na verdade, acaba criando uma trava no valor médio do benefício de R$ 300, o que não permitiria arroubos eleitorais do presidente no ano que vem, já que o valor do benefício não pode subir em ano eleitoral, de acordo com a legislação brasileira.
Auxiliares de Guedes afirmaram ainda que o aumento do IOF foi uma "tecnicidade" já que para um aumento de despesa permanente de despesa seria preciso indicar a compensação.
Para pagar o Auxílio Brasil no ano que vem, o governo conta com a taxação sobre dividendos.
"Precisávamos indicar para os dois últimos meses do ano e estávamos esperando a oportunidade. É um aumento temporário, de três meses, como já fizemos em outras vezes", diz uma fonte da pasta.
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