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Leilão de petróleo em Noronha será feito mesmo sob críticas, diz ministro
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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou na noite desta quarta-feira (6) que o governo não pretende recuar da ideia de realizar nesta quinta-feira (7) o leilão de exploração marítima de petróleo na "Cadeia de Fernando de Noronha", que envolve a sequência de montes submarinos que se conecta no litoral e que forma o arquipélago de Fernando Noronha e a reserva biológica Atol das Rocas.
"É lógico que o leilão será realizado amanhã como todos os outros", disse à coluna, indicando que a assessoria do ministério poderia passar mais informações para rebater as críticas ambientais. Já uma mobilização pela internet contra o leilão, com um abaixo-assinado que já conta com mais de 136 mil assinaturas.
Conforme mostrou uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo, um estudo técnico realizado por pesquisadores e professores do Departamento de Oceanografia (Docean) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) revela que, entre os 92 blocos que a ANP vai ofertar para exploração de grandes petroleiras, estão aqueles da chamada "Bacia Sedimentar Potiguar", uma área que tem blocos com impacto direto em três bancos submarinos da cadeia de Fernando de Noronha.
Em nota, a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia afirmou que "não há nenhuma evidência científica de que a oferta de blocos na 17ª Rodada de Licitações na Bacia Potiguar possa colocar Fernando de Noronha ou o Atol das Rocas em risco".
O ministério afirmou ainda que tem "compromissos com as boas práticas ambientais e o desenvolvimento sustentável do Brasil", mas ressaltou o "papel fundamental" do setor de petróleo e gás natural no Brasil.
"(o setor) promove anualmente centenas de bilhões de reais em arrecadação para União, Estados e Municípios, sustenta empresas fornecedoras de bens e serviços e gera milhares de empregos e renda para a população brasileira", diz a pasta.
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