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Lula anunciará pré-candidatura dia 30; PT deve optar por ato no Anhembi
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Uma reunião na noite de quinta-feira (7) definiu o lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. O evento acontecerá no dia 30 de abril, um sábado, em São Paulo.
Apesar do desejo do ex-presidente de fazer um ato em local aberto, o PT tem avaliado locais fechados para realizar o lançamento. Segundo integrantes do partido, é preciso uma boa infraestrutura e segurança para o evento. No momento, petistas apontam que a tendência é que a oficialização da pré-campanha aconteça no centro de convenções do Anhembi, na zona Norte da capital paulista. .
A data e o local da oficialização de Lula como pré-candidato estão sendo bastante estudadas por integrantes do partido, inclusive com algumas divergências. Alguns auxiliares estavam defendendo que Lula aproveitasse o Dia Internacional do Trabalho, 1º de maio, para realizar um evento em conjunto com as centrais sindicais. A ideia, no entanto, foi preterida.
Além disso, houve também a defesa de que a pré-candidatura fosse oficializada no início neste mês, mas costuras de alianças estaduais e indecisões sobre o formato do evento acabaram adiando o evento.
O receio de uma acusação de campanha eleitoral antecipada, correndo risco de enfrentar um processo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), também tem sido uma das preocupações do partido.
Outro fator relevante - e que fez o dia 1º de maio perder força na legenda - é a segurança pessoal do ex-presidente. Há receio entre os petistas de algum tipo de violência ou atentado contra Lula.
A reunião que definiu o dia 30 de abril foi organizada pelo GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral), grupo recém-lançado pelo partido para organizar a campanha, e por membros da executiva nacional do PT.
Aliados de Lula ouvidos pelo UOL afirmam que a expectativa é que o ato reúna caciques e integrantes de outros partidos, como PSB, PCdoB, PV e PSOL. As legendas serão aliadas de Lula na corrida presidencial, que tem como principal antagonista o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonaro lançou sua pré-campanha pela reeleição no último dia 27, em Brasília, e demonstrou que sua estratégia contra o petista será martelar na tecla de que a eleição é uma disputa "entre o bem e o mal".
A expectativa, nos bastidores do PT, é que Lula entre na campanha de forma mais ativa, com eventos abertos e públicos, a partir do anúncio da pré-candidatura. Há críticas internas que o presidente precisa parar de "falar para convertidos" e buscar conquistar votos em locais mais adversos ao PT.
Apesar da pressão, que tem aumentado com uma reação de Bolsonaro nas pesquisas, Lula tem demonstrado a aliados estar "tranquilo" e pede cautela nas decisões da campanha. O ex-presidente não autorizou ainda, por exemplo, que nenhum integrante do partido seja o porta-voz oficial da campanha.
Nos últimos dias, o ex-presidente tem dado declarações espontâneas que causaram polêmica, como a pauta do aborto, ainda tão contaminada por preconceitos e tabus.
Auxiliares de Lula afirmam, porém, que a personalidade do petista é de um homem espontâneo e que sua retórica política é uma de suas armas. Apesar disso, querem definir estratégias de reação para as declarações do presidente, principalmente para enfrentar as chamadas milícias digitais de Bolsonaro.
Lula participa nesta sexta-feira (8) de um evento aberto do PSB onde pretende sedimentar a parceria com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para ser vice em sua chapa à Presidência. O ex-tucano é esperado por petistas para o evento do dia 30. A partir dali, a ideia é que a chapa Lula-Alckmin comece, de fato, a andar pelo país.
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