Mariana Londres

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Com mercado aquecido, número de empregos pode bater recorde

Com o mercado de trabalho aquecido, o número de empregos formais criados em fevereiro pode bater recorde. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) serão divulgados nesta sexta-feira (28) às 14h30, seguidos de coletiva do ministro Luiz Marinho. Se as projeções de quem acompanha os dados de perto se confirmarem, haverá recorde para o mês de fevereiro.

No ano passado, o Brasil criou 306,11 mil empregos formais no mês de fevereiro. Desde 2020, quando houve mudança da metodologia, o recorde foi de 397,71 mil empregos formais em fevereiro de 2021. Para o recorde se confirmar, portanto, a criação de vagas em fevereiro precisa superar os valores de 2021, se aproximando de 400 mil empregos com carteira assinada criados.

Em janeiro deste ano foram criados 137 mil novos postos de trabalho. Se os números de fevereiro realmente superarem os 397 mil serão mais de 500 mil novos postos de trabalho neste início de ano e uma surpresa para as projeções que vem sendo feitas pelo mercado. Para fevereiro, o mercado projeta saldo positivo entre 154 mil e 330 mil novas vagas formais.

Os dados fortes do mercado de trabalho, positivos para o trabalhador, trazem uma preocupação para economistas e gestores. O recorde de empregos sinaliza um superaquecimento da economia, que para não ter efeitos negativos precisaria estar acompanhado de ganho de produtividade. Se o aquecimento da economia, com mais emprego, renda e consequentemente mais consumo, não for acompanhado do aumento da oferta de bens e serviços, haverá pressão nos preços.

A inflação, especialmente dos alimentos, já é uma dor de cabeça para o governo. Se não houver convergência para a meta, atualmente contínua em 3%, o Banco Central terá dificuldades de cortar os juros neste ano.

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