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Ibovespa: BC corta juros e sinaliza mais quedas; nota dos EUA segue no foco

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Banco Central reduz juros no Brasil em 0,50 ponto percentual, de 13,75% para 13,25% ao ano. No comunicado, o BC destacou os "impactos defasados da política monetária" e a recente melhora nas expectativas após a decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) sobre as metas de inflação. O Copom ainda sinalizou a possibilidade de mais um corte de 0,50 ponto no próximo encontro, em setembro. A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) não foi unânime, e a reunião terminou com placar de 5 a 4 entre os diretores. O voto de desempate veio do presidente Roberto Campos Neto. Enquanto isso, os investidores seguem atentos aos resultados corporativos do segundo trimestre.

Índices futuros americanos operam em baixa, repercutindo o rebaixamento da nota de crédito dos EUA. Nesta semana, a agência de classificação de risco Fitch reduziu o rating dos Estados Unidos de AAA para AA+, com a previsão de que a situação fiscal da economia americana se deteriore nos próximos três anos, o que segue no foco dos investidores. No campo corporativo, destaque para as divulgações dos resultados corporativos das big techs Amazon (AMZO34) e Apple (AAPL34). O mercado ainda espera pelo payroll, o relatório de empregos nos EUA, que será divulgado na sexta (4).

Bolsas europeias operam em queda após dados do setor de serviços. O índice de atividade (PMI) de serviços da Zona do Euro caiu para 50,9 em julho. Com isso, o PMI composto do bloco, que engloba indústria e serviços, chegou a 48,6, atingindo o nível menor em oito meses e indicando contração da atividade econômica. Na Alemanha, o PMI de serviços saiu de 54,1 em junho para 52,3 em julho — o menor nível em cinco meses. Investidores ainda devem repercutir a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de subir os juros em 0,25 ponto percentual, para 5,25%.

Mercados asiáticos fecham sem direção única, pressionados pelas fortes perdas nos EUA. O nikkei japonês caiu 1,68% em Tóquio hoje, enquanto o Hang Seng recuou 0,49% em Hong Kong, e o sul-coreano Kospi cedeu 0,42% em Seul. Já na China, o dia foi de ganhos após pesquisa da S&P Global/Caixin mostrar que o PMI de serviços subiu para 54,1 em julho, superando as expectativas e contrastando com o fraco desempenho da produção doméstica. O Xangai Composto subiu 0,58%, e o Shenzhen Composto avançou 0,27%. Em Taiwan, não houve pregão hoje devido a um feriado.

No campo corporativo, CSN reporta lucro e supera expectativas. A CSN reportou lucro líquido de R$ 283 milhões no segundo trimestre, uma queda de 23% na comparação anual. Mesmo com o recuo, o resultado veio melhor do que as expectativas, que projetavam prejuízo de R$ 56 milhões. O Ebitda ajustado somou R$ 2.263 bilhões, queda de 31% em relação ao mesmo período de 2022.

CSN Mineração também tem lucro no segundo trimestre. A CSN Mineração registrou lucro líquido de R$ 494,2 milhões, queda de 40% frente ao segundo trimestre do ano passado. Já a geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda ajustado, somou R$ 1,098 bilhões — alta de 21% na comparação anual.

Lucro da PRIO (antiga PetroRio) aumenta 32% em relação a 2022. A PRIO divulgou lucro líquido de US$ 185 milhões no segundo trimestre, alta de 32% na comparação anual. O Ebitda ajustado somou US$ 333 milhões, avanço de 24% frente ao mesmo período de 2022. A companhia ainda anunciou ter produzido 99 mil boepd (barris/dia) em julho, crescimento de 3,25% em relação a junho.

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Suzano divulga lucro bilionário e surpreende. A Suzano reportou lucro líquido de R$ 5,078 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 182 milhões divulgados no ano anterior. Esta disparada foi puxada pelo melhor resultado financeiro e pela reavaliação positiva do ativo biológico na rubrica "outras receitas/despesas operacionais". Por outro lado, o Ebitda ajustado somou R$ 3,919 bilhões (-38%), e receita líquida diminuiu 20% frente a 2022. Essa queda é explicada principalmente pelo recuo no preço médio da celulose em dólar (-21%) e pelo volume menor de vendas no período (-6%).

Fitch aumenta nota de crédito de 12 bancos brasileiros. Entre as instituições, estão Bradesco (de BB a BB+), Itaú (de BB a BB+), Banco do Brasil (de BB- a BB), BTG Pactual (de BB- a BB), Caixa Econômica Federal (de BB- a BB) e BNDES (de BB- a BB).

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Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quarta-feira (2):

Dólar: +0,33%, a R$ 4,806
Euro: -0,06%, a R$ 5,257
B3 (Ibovespa): -0,32%, aos 120.858,72 pontos

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