Só para assinantesAssine UOL
Opinião

Ibovespa: Balanço da Petrobras e fala de Campos Neto são destaques do dia

Esta é a versão online da newsletter Por Dentro da Bolsa enviada hoje (09). Quer receber antes o boletim e diretamente no seu email? Clique aqui. Os assinantes UOL ainda podem receber dez newsletters exclusivas toda semana.

********

No Brasil, a Petrobras divulga seu balanço nesta quinta-feira (9). A empresa teve perdas ontem. Grande parte das ações das petroleiras pelo mundo apresentaram quedas, após o preço do barril do petróleo cair e chegar abaixo dos US$ 80, devido aos sinais de enfraquecimento da economia global. Hoje o investidor também acompanha a palestra de Campos Neto às 10h40, que ontem alertou para os riscos de mudança da meta fiscal. O mercado ainda repercute a aprovação da reforma tributária no Senado, ontem à noite. A PEC passou em dois turnos no plenário por 53 votos (apenas quatro a mais que o necessário) a 24, e volta para a Câmara, com chance de ser promulgada sem as mudanças inseridas pelos senadores.

Nos EUA, os futuros das bolsas americanas operam próximos da estabilidade. Investidores aguardam a fala do presidente do FED, Jerome Powell, que voltará a falar hoje às 16h. A expectativa é de que ele comente sobre a política monetária.

Na Europa, as bolsas operam em leve alta, estendendo o tom positivo de ontem. Investidores seguem digerindo balanços corporativos e aguardam comentários de dirigentes do FED, do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única. Algumas se recuperam de perdas recentes e outras pressionadas por dados fracos de inflação da China. O índice japonês Nikkei subiu 1,49% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,23% em Seul, e o Taiex ficou perto da estabilidade em Taiwan, com alta marginal de 0,03%. Na China continental, o Xangai Composto também ficou praticamente estável, com ganho de 0,03%, enquanto o Shenzhen Composto caiu 0,47%. Em Hong Kong, o dia foi negativo, com baixa de 0,33% do Hang Seng. Uma nova rodada de números fracos de inflação pesou nos negócios da China e de Hong Kong. Os preços ao consumidor (CPI) da China tiveram queda anual de 0,2% em outubro, enquanto os preços ao produtor (PPI) recuaram 2,6% na mesma comparação, sinalizando que a demanda segue fraca à medida que a segunda maior economia do mundo ainda luta para se recuperar dos efeitos da pandemia da covid-19.

Os preços do petróleo operam em alta, após as baixas dos dias anteriores. Há maior preocupação quanto à demanda devido à possibilidade de menor crescimento econômico. Enquanto isso, as cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, impulsionadas ainda por expectativas de incentivos à economia chinesa.

A Copel (Companhia Paranaense de Energia) obteve lucro líquido de R$ 441 milhões no terceiro trimestre de 2023. Trata-se de uma alta de 16,6% na comparação anual. No período, a receita operacional líquida das operações continuadas da companhia cresceu 8,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022, para R$ 5,544 bilhões. A margem líquida do trimestre subiu 100,7% na mesma base de comparação, para 31,4%. Esse resultado é decorrente de um aumento na receita de disponibilidade da rede elétrica e maior remuneração dos ativos de transmissão, em função de reajustes tarifários. Além disso, houve incremento na receita de fornecimento de energia elétrica e na receita de construção, principalmente devido ao aumento no volume de obras relacionadas ao programa "Transformação".

A Braskem reportou no terceiro trimestre de 2023 um prejuízo de R$ 2,418 bilhões. O valor é maior do que as perdas de R$ 1,103 bilhão no mesmo período de 2022. Conforme a empresa, o desempenho negativo no lucro líquido aconteceu em função, principalmente, do impacto da variação cambial no resultado financeiro, dada a depreciação do real final frente ao dólar final de 4% sobre a exposição líquida da companhia, no montante de US$ 4 bilhões.

Continua após a publicidade

O Grupo Casas Bahia, ex-Via, reportou prejuízo líquido contábil de R$ 836 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado representa uma elevação do saldo negativo apontado no terceiro trimestre de 2022, quando a empresa reportou prejuízo de R$ 203 milhões. O resultado veio pior que as expectativas do consenso do mercado, que projetava perdas de R$ 545 milhões, segundo a Bloomberg. O pior desempenho reflete a queda nas vendas, considerando lojas físicas e o comércio online, que sofreu redução de 5,4% em base anual, totalizando R$ 7,84 bilhões, com impacto vindo da redução na receita das lojas físicas e de 9,7% em vendas online. Além disso, o efeito dos processos trabalhistas de e outros na linha, foi de R$ 152 milhões no terceiro trimestre. A companhia ainda reforçou que segue firme com o seu plano de reestruturação anunciado na época de divulgação dos resultados do segundo trimestre. A Casas Bahia teve uma redução de R$ 1,5 bilhão de estoque comparado com o terceiro trimestre de 2022. Em relação ao segundo trimestre de 2023, a queda foi de R$ 780 milhões. Em paralelo, foram fechadas 38 lojas, enquanto três centros de distribuição foram readequados.

O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$ 8,785 bilhões no terceiro trimestre de 2023. O montante é 4,5% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022. O consenso do mercado estava na expectativa por um lucro de R$ 9,06 bilhões, de acordo com um levantamento realizado pela Bloomberg. Já o retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL ou ROE) ficou em 21,3% entre julho e agosto de 2023, uma queda de 0,6 ponto percentual na comparação com igual período de 2022. A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias, totalizou R$ 1,06 trilhão, alta anual de 10% e avanço de 2% em relação ao saldo em junho deste ano. O crescimento da carteira de crédito veio acompanhado de um aumento da inadimplência e das provisões. A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) chegou a 2,81% no terceiro trimestre, alta de 0,47 ponto percentual em um ano. Já na comparação com o trimestre anterior, foi registrada uma leve alta de 0,8 ponto. Já as provisões para devedores duvidosos totalizaram R$ 7,5 bilhões no segundo trimestre, alta de 66,4% na comparação com o terceiro trimestre de 2022. Em relação ao segundo trimestre, a alta foi de 4,7%. Essa alta da inadimplência, segundo o BB, é explicada por um efeito extraordinário na carteira de "large corporate" decorrente de um evento anunciado em janeiro, em grande parte por conta da recuperação judicial da Lojas Americanas. Além do resultado, o banco anunciou a distribuição de proventos, no valor por ação na forma de dividendos de R$ 0,10198860740 e em JCP é de R$ 0,68622202551. Os valores serão pagos em 30 de novembro, tendo como base a posição acionária de 21 de novembro, sendo as ações negociadas "ex" a partir de 22 deste mês.

************

Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quarta-feira (8):

Dólar: 0,659%, a R$ 4,9066
Euro: 0,729%, a R$ 5,251
B3 (Ibovespa): -0,08%, aos 119.176,67 pontos

NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS

Continua após a publicidade

Lua, filha da influencer e ex-BBB Viih Tube, tem apenas seis meses, mas já acumulou mais de R$ 1 milhão em uma conta em seu nome, segundo a mãe. Chegar a esse patamar tão cedo não é a realidade da maioria, mas especialistas afirmam que há muitas vantagens em se investir em nome dos filhos. Na newsletter UOL Investimentos você fica sabendo em quais produtos é possível fazer isso. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui.

Queremos ouvir você

Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

As opiniões emitidas neste texto são de responsabilidade exclusiva da equipe de Research do PagBank e elaboradas por analistas certificados. O PagBank PagSeguro e a Redação do UOL não têm nenhuma responsabilidade por tais opiniões. A única intenção é fornecer informações sobre o mercado e produtos financeiros, baseadas em dados de conhecimento público, conforme fontes devidamente indicadas, de modo que não representam nenhum compromisso e/ou recomendação de negócios por parte do UOL. As informações fornecidas por terceiros e/ou profissionais convidados não expressam a opinião do UOL, nem de quaisquer empresas de seu grupo, não se responsabilizando o UOL pela sua veracidade ou exatidão. Os produtos de investimentos mencionados neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão preencher o questionário de suitability para a identificação do seu perfil de investidor e da compatibilidade do produto de investimento escolhido. As informações aqui veiculadas não devem ser consideradas como a única fonte para o processo decisório do investidor, sendo recomendável que este busque orientação independente e leia atentamente os materiais técnicos relativos a cada produto. As projeções e preços apresentados estão sujeitos a variações e podem impactar os portfolios de investimento, causando perdas aos investidores. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros. Este conteúdo não deve ser reproduzido no todo ou em parte, redistribuído ou transmitido para qualquer outra pessoa sem o consentimento prévio do UOL.

Deixe seu comentário

Só para assinantes