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Dólar sobe 0,19%, a R$ 5,383, após dois dias de queda; Bolsa cai 0,19%

Dólar sobe e Bolsa tem segundo dia seguido de queda Imagem: Getty Images/iStock

Do UOL, em São Paulo

09/02/2021 17h22Atualizada em 09/02/2021 18h42

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda hoje (9). O índice caiu 0,19% aos 119.471,62 pontos.

As ações da Sabesp lideraram os ganhos na Bolsa, com 7,10% de alta. Na outra ponta, os papéis da Gol caíram 2,95%.

É o segundo dia consecutivo de perdas na Bolsa. Ontem (8), o índice caiu 0,45% aos 119.696,36 pontos.

Já o dólar comercial fechou hoje em alta de 0,19% ante o real, cotado a R$ 5,383 na venda, após dois dias de queda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem, a moeda norte-americana teve queda de 0,21% ante o real, cotada a R$ 5,373 na venda.

Os agentes do mercado estavam atentos e mais receosos com a possibilidade de um novo auxílio emergencial complicar as contas públicas brasileiras e, no exterior, com o pacote de estímulo à economia, o que mexeu com a Bolsa e fez o dólar subir.

Nos EUA, os democratas do Congresso norte-americano estão avançando com uma proposta de estímulo em resposta à covid-19 do presidente Joe Biden, no valor total de 1,9 trilhão de dólares, que contará com cheques diretos à população afetada pela pandemia.

"O exterior está na expectativa em relação ao pacote. Esse é um movimento que vai ajudar na disponibilidade de moeda para o exterior e beneficiará os mercados brasileiros", afirmou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora à Reuters.

"Está se falando muito em novo auxílio para dar sustentação (à população vulnerável). Como não há fonte suficiente de onde tirar esse dinheiro, isso dependerá de medidas do Congresso. O Brasil está endividado; não devemos cometer deslizes fiscais para não comprometer projetos para este ano."

O Congresso iniciou seus trabalhos investindo em duas frentes distintas de atuação, pressionando, de um lado, o governo por um auxílio emergencial aos mais vulneráveis durante a pandemia, e, de outro, na sinalização com pautas econômicas sem impacto fiscal imediato, em claro aceno ao mercado.

A atenção dos investidores deve seguir em Brasília, à medida que aguardam pela retomada da agenda de reformas estruturais que foi promessa eleitoral do governo de Jair Bolsonaro.

Na quarta-feira, o plenário da Câmara deve aprovar o projeto que concede autonomia operacional ao Banco Central, avaliou o relator da matéria, Silvio Costa Filho (PRB-PE), em pronunciamento na véspera ao lado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Além disso, as expectativas para os juros domésticos seguem no radar dos investidores. Apostas de que o Banco Central (BC) começará a elevar a taxa básica de juros (Selic) ainda no primeiro trimestre deste ano têm fornecido algum suporte ao real, que em 2020 sentiu a pressão da redução do diferencial de juros entre o Brasil e outros países. Mas o cenário para a próxima reunião do Copom ainda está indefinido, segundo analistas.

"A deterioração das condições financeiras parece não ser ainda suficiente para convencer todo o comitê de política monetária aos reajustes dos juros no curto prazo, porém o temor com a questão fiscal já sem impõe nas curvas de juros e a próxima reunião do Copom tende a ser bastante agitada", disse em nota Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset à Reuters.

(Com Reuters)

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