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Dólar cai no dia, mas salta 1,53% na semana e fecha a R$ 5,199; Bolsa sobe

No mês, a moeda americana acumula alta de 3,67%; já o principal índice da B3 tem queda de 2,33% Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

19/04/2024 17h27Atualizada em 19/04/2024 17h29

O dólar caiu 0,96% e fechou o dia vendido a R$ 5,199, compensando parte dos ganhos registrados ao longo dos últimos dias. A moeda americana encerra a semana com alta acumulada de 1,53% frente ao real. Em abril, o salto é de 3,67%.

Já o Ibovespa subiu 0,75% e chegou aos 125.124,30 pontos, após seis quedas e um dia de estabilidade. Mesmo com o resultado de hoje, o principal índice da B3 termina a semana com perdas de 0,65%. No mês, o recuo é de 2,33%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Ataque de Israel ao Irã impactou o dólar, mas 'susto' passou. A moeda americana chegou a registrar alta pela manhã, após o lançamento de mísseis contra instalações nucleares do Irã. O ataque, atribuído pelas fontes de inteligência dos Estados Unidos a Israel, ainda não foi confirmado por Tel Aviv. Teerã minimizou o incidente e indicou que não tinha planos de retaliação, que acalmou o mercado.

Mercado segue pessimista com o futuro dos juros nos EUA. Dados de inflação e do varejo divulgados nos últimos dias reforçaram os argumentos para que o Fed (Federal Reserve, o BC americano) seja cauteloso e adie a redução dos juros. Ontem (18), o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, reforçaram não haver pressa para cortar os juros.

Manutenção dos juros nos EUA tende a impulsionar o dólar. Isso acontece porque, com juros elevados, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa dos EUA, considerado muito seguro. Por outro lado, sinais de que o Fed vai começar a reduzir os juros em breve tendem a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.

A alta do dólar na semana reflete a expressiva saída de capital estrangeiro do Brasil, mas a justificativa não fica restrita a questões internas. Vemos um movimento geral de valorização do dólar frente às moedas dos países emergentes, também influenciada pela possibilidade de manutenção dos juros nos EUA. No meu ponto de vista, o dólar encontrou uma nova região de preço, que é entre R$ 5 e R$ 5,20.
Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital

(Com Reuters)

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