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Dólar sobe a R$ 4,907 com dados negativos no Brasil; Bolsa fica estável

Em novembro, a moeda americana ainda acumula queda de 2,66% Imagem: Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo

Do UOL*, em São Paulo

08/11/2023 17h21Atualizada em 08/11/2023 18h23

O dólar fechou a quarta-feira (8) em alta de 0,66%, vendido a R$ 4,907, interrompendo uma sequência de cinco quedas consecutivas. No mês, porém, a moeda norte-americana ainda acumula perdas de 2,66% frente ao real.

Já o Ibovespa terminou o dia praticamente estável, com leve queda de 0,08%, chegando aos 119.176,67 pontos. Agora, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) registra alta de 5,33% em novembro.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Dados divulgados hoje no Brasil frustraram as expectativas. Enquanto a dívida bruta teve alta em setembro, o setor público apresentou déficit primário de R$ 18,071 bilhões — bem abaixo da projeção de superávit de R$ 4,26 bilhões, segundo pesquisa da Reuters. No mesmo mês de 2022, havia sido registrado superávit de R$ 10,746 bilhões.

Mesmo com alívio recente, saúde fiscal ainda preocupa. Num aparente cabo de guerra entre a vontade de Lula (PT) de priorizar mais investimentos e o esforço do ministro Fernando Haddad para zerar o rombo fiscal, "a palavra do presidente está valendo mais", disse à Reuters Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. "Isso é algo que traz perda de confiança no Brasil no cenário internacional."

Investidores esperam pela votação do projeto de reforma tributária. Pela manhã, em Brasília, Haddad afirmou que as mudanças serão promulgadas ainda em 2023, "se Deus quiser". Segundo o ministro, "o compromisso com uma reforma tributária neutra não nos impede de reparar erosão da base fiscal".

Mercado segue atento a falas de dirigentes do Banco Central dos EUA. A diretora do Fed (Federal Reserve), Lisa Cook, disse hoje que a economia americana está razoavelmente resiliente, mas que "qualquer choque — por exemplo, conflitos geopolíticos — pode ampliar as incertezas".

(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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