Falta de mão de obra em ciência e tecnologia é o "calcanhar de aquiles" do Brasil
Rio de janeiro - O déficit de profissionais brasileiros com conhecimento na área de ciência e tecnologia é o “calcanhar de aquiles” do desenvolvimento do país, na avaliação de especialistas ouvidos, nesta quarta (15), durante a abertura do 1º Congresso Internacional do Centro Celso Furtado que tem como tema 'A Crise e os Desafios para um Novo Ciclo do Desenvolvimento'.
De acordo com a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tânia Bacelar, a falta de profissionais qualificados no mercado desafia a transição do Brasil para a sociedade do conhecimento. Principalmente, porque a migração implica mudanças no atual modelo industrial e de educação.
Convidado para a palestra inaugural, o economista e professor da Universidade Jawaharlal Nehru, de Nova Deli, na Índia, Deepak Nayyar, destacou que a grande diferença entre o desenvolvimento das nações asiáticas e as da América Latina é o investimento em tecnologia.
Para o indiano, porém, além de investir nessa área, o Brasil precisa enfrentar a desigualdades de renda e a pobreza. Diante da crise econômica, a população (o mercado interno), na avaliação de Nayyar, é o grande ativo dos países em desenvolvimento.
O diretor-presidente do Centro Celso Furtado e professor da Universidade de Brasília (UnB), Marcos Formiga, reforçou que a tecnologia é a aposta da humanidade para alavancar o desenvolvimento, calcado em avanços sociais, como a qualidade educacional.
O congresso termina sexta-feira (17). O encerramento do evento será da professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maria da Conceição Tavares que vai falar sobre o tema 'O Brasil frente à Crise'.
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