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Consultor refuta apagão de mão de obra e culpa empresas por má seleção

Do UOL, em São Paulo

21/08/2013 13h15

Alicerçadas em um modelo antigo de seleção, da época em que o desemprego era alto e a oferta de mão de obra abundante, as empresas estão perdendo oportunidades de contratar bons profissionais.

É sobre isso que Cezar Tegon, consultor de RH e presidente da Elancers (site de recrutamento e seleção), tratará em sua palestra, prevista para esta quinta-feira (22), no 39º Conarh (Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas) que acontece no Transamerica Expo Center, em São Paulo.

“As empresas reclamam que não acham gente, mas o que eu vou mostrar é que falta gestão no recrutamento. Falta estratégia”, diz Tegon, que levará para discussão os mitos e as verdades do chamado “apagão” de mão de obra.

Para ele, os profissionais de recrutamento e as empresas, de forma geral, não se deram conta de que hoje simples anúncios de emprego --com pouca descrição sobre a vaga, possibilidades de crescimento, desafios inerentes ao cargo, benefícios e até mesmo sobre o empregador-- não vão atrair os profissionais que desejam.

"Recrutar é atrair, captar. Se o candidato não se interessou pela vaga, pode ser que a achou pobre ou que não era boa o suficiente para ele”, afirma Tegon.

De acordo com o especialista, não são mais as pessoas que precisam de emprego, são as empresas que precisam de pessoal.

“As pessoas não querem apenas um trabalho, elas escolhem o local para trabalhar. Se a empresa quer ser um empregador preferencial, vai ter que mudar o jeitão como faz as coisas.”

Talentos podem estar por perto

Tegon faz uma crítica às empresas que não valorizam o profissional que já possuem. “Ficam buscando quem está fora e não dão valor ao empregado que têm. Vão acabar perdendo para a concorrência.”

Ele desaconselha o procedimento comum de procurar candidatos aleatoriamente quanto ao local onde ele reside.

“Por que não fazem ações em um raio de 10 km da empresa, em igrejas, universidades, procurando que está por perto? Isso diminui o estresse e o custo com vale-transporte. É apenas uma questão de estratégia”, declara.