Quais são os melhores investimentos para ter uma renda de R$ 5.000? Compare
Você sabe onde investir para ter uma renda passiva que sirva para complementar o seu salário ou a sua aposentadoria? Na coluna de hoje eu mostro quanto você precisaria ter, atualmente, em diferentes aplicações financeiras, para receber uma renda de R$ 60 mil por ano, o que daria uma média de R$ 5.000 por mês.
No Tesouro Direto
Hoje, para se ter uma renda de R$ 5.000 por mês no investimento mais seguro do país, o Tesouro Selic, é preciso ter R$ 690 mil aplicados. Esse cálculo já desconta o Imposto de Renda, mas, se o objetivo for gerar uma renda vitalícia, é importante descontar também a inflação.
Nesse caso, seria preciso ter aplicações no valor total de R$ 1,3 milhão no Tesouro Selic para se obter uma renda de R$ 5.000 mensais.
Esse valor aplicado renderia R$ 9.144 por mês, dos quais R$ 4.144 seriam apenas para atualizar o montante investido pela inflação. Sobrariam, nesse caso, R$ 5.000 para fazer retiradas.
Todos os cálculos deste texto consideram a rentabilidade atual dos investimentos e uma inflação de 4% ao ano, em linha com a previsão de analistas consultados pelo Banco Central.
Em CDB
Ainda entre os investimentos de baixo risco, o CDB pode gerar uma renda maior do que o Tesouro Direto. Descontando o IR e a inflação, seria preciso ter, hoje, R$ 1,1 milhão em um CDB para se obter uma renda de R$ 5.000 por mês. Esse valor investido renderia R$ 8.373 por mês, dos quais R$ 3.373 seriam reposição da inflação.
No entanto, saiba que o CDB não é tão seguro se os seus investimentos ultrapassarem o valor de R$ 250 mil por instituição financeira emissora.
Se o banco emissor do seu CDB quebrar, você recebe do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) o que a instituição financeira lhe devia, até o limite de R$ 250 mil.
Para ficar resguardado, é preciso investir em CDBs de bancos diferentes, de modo que nenhum ultrapasse o valor de R$ 250 mil.
Além disso, o FGC só cobre até o limite total de R$ 1 milhão. Assim, você teria que alocar até R$ 1 milhão em CDBs de diferentes instituições financeiras, cada um dentro do limite de R$ 250 mil, e aplicar mais R$ 100 mil no Tesouro Direto.
Portanto, o CDB oferece uma rentabilidade um pouco mais alta que o Tesouro, mas dá esse trabalho a mais de ter que dividir o valor em títulos de diferentes emissores.
Em fundos imobiliários
Aplicando em fundos de investimento imobiliário (FIIs), seria preciso ter um valor muito menor, apenas R$ 589 mil, para receber uma renda mensal de R$ 5.000, se esses ativos continuarem remunerando os investidores no mesmo ritmo dos últimos 12 meses.
No caso de FIIs, não é necessário descontar a inflação nem o Imposto de Renda. Os dividendos pagos pelos fundos imobiliários são isentos de IR e, além disso, tendem a se atualizar pela inflação a longo prazo.
Por outro lado, são investimentos mais arriscados do que o Tesouro Selic e o CDB. Não há nenhuma garantia de que os FIIs continuarão pagando rendimentos no ritmo atual. É preciso selecionar muito bem o fundo antes de investir.
Os cálculos consideram a mediana do retorno em dividendos dos FIIs mais negociados do país (que movimentam mais de R$ 500 mil por dia na bolsa), que está hoje em 10,68% ao ano.
Em ações
As ações de empresas negociadas na Bolsa de valores são o investimento mais arriscado entre os citados nesta coluna. Por conta disso, qualquer tentativa de previsão fica muito imprecisa.
Dito isso, se olharmos para as ações mais negociadas do país (com giro financeiro acima de R$ 1 milhão por dia na Bolsa),a mediana do retorno em dividendos está hoje em 5,16% ao ano. Com essa rentabilidade, seria preciso ter R$ 1,2 milhão para receber dividendos de R$ 5.000 por mês em média.
Talvez você pense: "Se as ações, que têm um risco muito maior do que o Tesouro Direto, estão rendendo quase a mesma coisa, é melhor ficar no Tesouro". Mas o raciocínio não é bem esse. É melhor ficar no Tesouro se você quer mais segurança. Porém, se o seu objetivo for rentabilidade e se você estiver disposto a correr riscos, a Bolsa oferece muito mais oportunidades.
Você precisa considerar que uma empresa pode crescer a longo prazo, de modo que o retorno em dividendos aumente ao longo do tempo. Ao mesmo tempo, deve estar ciente de que esse mesmo retorno pode diminuir ou até zerar, dependo dos resultados da companhia a longo prazo.
Afinal, quais são os melhores?
Para saber qual é o melhor investimento para o seu caso, você precisa entender a sua necessidade e definir o nível de risco que está disposto a correr.
Por exemplo, se você busca uma renda de R$ 5.000 e possui R$ 1,3 milhão para investir, não há dúvidas: o ideal é aplicar no Tesouro Selic, pois com ele você terá esse rendimento com a maior segurança possível.
No entanto, se você não tem esse valor para aplicar e acredita que não conseguirá juntá-lo, será preciso decidir entre aceitar uma renda menor (ficando no Tesouro Selic ou CDB) ou aceitar correr um certo riso e partir para fundos imobiliários ou ações.
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