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Opinião

Estão de volta os investimentos seguros que rendem 1% ao mês; confira

Após sete meses fora do ar, estão de volta os investimentos de baixo risco que rendem 1% ao mês.

Os bancos vinham aumentando a rentabilidade das aplicações de renda fixa desde o início do ano e, agora, algumas corretoras já oferecem CDBs com rentabilidade de 14,3% ao ano.

Descontando o Imposto de Renda, esses papéis rendem 12,2% ao ano, o que dá um ganho líquido de 1% ao mês.

Na coluna de hoje você vai ver como investir nesses papéis, quais são os seus riscos e o que é preciso fazer para ter a maior segurança possível.

Como investir nos títulos que rendem 1% ao mês

Nem todos os bancos e corretoras, necessariamente, têm investimentos com rendimento líquido de 1% ao mês para oferecer.

Esse CDB de 14,3% ao ano que mencionei é um do Banco Master, à disposição nas corretoras Ágora (do Bradesco) e Rico. O prazo desse título é de três anos.

Encontrei, também, CDBs com rentabilidade entre 14% e 14,2% nas corretoras XP e Nova Futura.

Se você não tem conta em nenhuma dessas instituições financeiras mencionadas, não se preocupe. Pode ser que o seu banco ou corretora tenha títulos com taxas parecidas.

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Às vezes, você pode conseguir um retorno até maior, dependendo de quanto você vai investir ou do relacionamento que você tem com a instituição financeira.

Portanto, se você quer uma aplicação com rendimento de 1% ao mês, o ideal é primeiro fazer essas duas perguntas ao seu banco ou corretora:

"Vocês têm um "CDB prefixado com rentabilidade de 14,3% ao ano ou maior?"
"Você têm uma LCA ou LCI prefixada com rentabilidade de 12,2% ao ano?"

Dessa forma, você está perguntando se eles têm um investimento de baixo risco com um retorno líquido garantido de 1% ao mês.

Depois, se a sua instituição financeira de fato não tiver nada que se encaixe nesse padrão, você pode criar uma conta em uma das corretoras citadas ou pesquisar em alguma outra corretora da sua preferência.

Como garantir a segurança?

Conforme eu escrevi já no título desta coluna, aqui nós estamos falando apenas de investimentos seguros.

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Mesmo assim, existem alguns pontos que precisam ser observados para que você tenha essa segurança:

O primeiro é não passar do limite de R$ 250 mil investidos em CDBs, LCAs ou LCIs de um mesmo banco emissor. Se a instituição financeira que emitiu o título quebrar, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) lhe paga o que você havia aplicado mais os juros acumulados, até o valor total de R$ 250 mil. Acima desse limite, você ficaria no prejuízo em caso de insolvência do emissor.

O segundo ponto de atenção está em manter o dinheiro aplicado até a data de vencimento. Só invista no papel se tiver certeza de que não vai precisar resgatar o valor antes do prazo. Pois, caso precise fazê-lo, existe chance de você acabar ficando no prejuízo.

Evite esses outros dois riscos

Além do risco que você corre se ultrapassar o limite de R$ 250 mil aplicados, existem dois riscos inerentes aos títulos que oferecem uma taxa de rentabilidade prefixada.

O principal risco que você corre ao investir em um papel prefixado é o de que a inflação fique acima do esperado.

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Imagine você investir em um título que rende 12% ao ano e, daqui a algum tempo, a inflação chegar a 10% ao ano! Praticamente toda a sua rentabilidade seria corroída pelo aumento dos preços.

O outro risco é de que a taxa básica de juros, a Selic, aumente acima do previsto. Imagine que ela chegue ao patamar de 15% ao ano, como já ocorreu algumas vezes na nossa história. Nesse caso, você estará preso em um título de 14% ao ano, quando no mercado existirão oportunidades de ganhar acima disso.

Por conta desses dois riscos inerentes aos títulos prefixados, o ideal é não concentrar o seu investimento nesse tipo de papel, e sim diversificá-lo. Você pode colocar um terço do valor em um prefixado, um terço em pós-fixado e o restante em um indexado à inflação.

Assim, se houver alta inesperada da taxa Selic ou da inflação, os outros dois investimentos compensarão as eventuais perdas que você teria com o prefixado.

Alguma dúvida?

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Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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