Sílvio Crespo

Sílvio Crespo

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Quanto e onde investir para juntar R$ 100 mil com segurança? Veja projeções

Se você pensa em juntar um valor na faixa dos R$ 100 mil para comprar algum bem ou dar entrada em um imóvel, já sabe qual investimento escolher?

Na coluna de hoje eu mostro em quanto tempo você atingiria esse objetivo se aplicar R$ 1.000, R$ 3.000 ou R$ 5.000 por mês nas principais modalidades de baixo risco.

Onde investir com segurança

Quando você tem um objetivo claro para médio prazo - algo entre dois e dez anos - o ideal é escolher investimentos de renda fixa, pois são mais previsíveis.

Os de renda variável, como ações, fundos imobiliários ou fundos multimercado, podem acabar deixando você na mão. Por definição, eles variam entre períodos de alta e de baixa. Se, no momento em que você se planejou para resgatar, eles estiverem em momento de baixa, você provavelmente não atingirá o seu objetivo.

Entre os de renda fixa, os mais seguros são o Tesouro Direto e os títulos protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), como o CDB, a LCA e a LCI.

Caso a instituição financeira que emitiu o título quebre, o FGC reembolsa ao investidor todo o valor aplicado mais os juros, até o limite de R$ 250 mil.

Não cometa esse erro

Ao se planejar para juntar um determinado valor, não se esqueça de considerar a inflação. Se uma aplicação rende 10% ao ano, e a inflação ficar em 4%, o seu ganho real acaba sendo de cerca de 6% ao ano.

Caso você não leve isso em conta, quando atingir os R$ 100 mil, esse valor já não terá mais o mesmo poder de compra que tem hoje.

Continua após a publicidade

Nas simulações abaixo, considerei apenas a rentabilidade real dos investimentos. Dessa forma, os cálculos indicam que você juntará não R$ 100 mil, mas um valor maior que, no futuro, terá um poder de compra equivalente ao de R$ 100 mil hoje.

Investindo R$ 1.000 por mês

Veja em quanto tempo você atingiria o equivalente a R$ 100 mil nos três investimentos mais seguros de renda fixa:

  • Poupança: 7 anos e meio
  • Tesouro Selic: 7 anos
  • CDB: 6 anos e 8 meses

Considerando o cenário atual de juros e inflação, se você aplicar R$ 1.000 por mês na poupança, a tendência é atingir o equivalente a R$ 100 mil daqui a sete anos e meio.

Investindo no Tesouro Selic, um dos títulos do Tesouro Direto, o período de aportes cai para sete anos; em um CDB,o tempo ficaria em seis anos e oito meses.

Continua após a publicidade

Para essa simulação, considerei um CDB com rentabilidade de 120% do CDI. Todos os cálculos já descontam o Imposto de Renda.

Caso opte por investir em uma LCA ou LCI, que são títulos isentos de IR, a rentabilidade precisa ser de 102% do CDI para equivaler à do CDB mencionado.

Investindo R$ 3.000 por mês

Com um investimento de R$ 3.000 por mês, você chegaria ao equivalente a R$ 100 mil após os seguintes períodos:

  • Poupança: 2 anos e 8 meses
  • Tesouro Selic: 2 anos e 7 meses
  • CDB 120% do CDI: 2 anos e 7 meses

Veja que, com o aumento do valor dos aportes mensais, a diferença entre o Tesouro Selic e o CDB sumiu.

Continua após a publicidade

Nesse caso, com certeza é melhor ficar no Tesouro Selic, que possui um risco menor. A não ser que você consiga um CDB com rentabilidade muito superior a 120% do CDI, o que não é comum para esse volume de aportes.

Investindo R$ 5.000 por mês

Aplicando R$ 5.000 por mês, esse é o tempo que você levaria para chegar aos R$ 100 mil:

  • Poupança: 1 ano e 7 meses
  • Tesouro Selic: 1 ano e 7 meses
  • CDB 120% do CDI: 1 ano e 7 meses

Aqui, acabou a diferença de tempo entre as três aplicações citadas.

Isso ocorre porque a rentabilidade real dos investimentos de renda fixa tem baixo impacto a curto prazo.

Continua após a publicidade

Nesse caso, o ideal é o Tesouro Selic ou o CDB, com preferência pelo primeiro, devido ao risco mais baixo.

Por que não a poupança, já que o resultado final é o mesmo? Simplesmente porque, ao juntar os R$ 100 mil, se você acabar não fazendo o resgate na hora e deixar o dinheiro lá por mais alguns meses ou anos, vai começar a fazer diferença. Quanto maior o prazo do investimento, maior é o impacto dos juros - e o Tesouro e o CDB pagam mais juros do que a poupança.

Alguma dúvida?

Tendo alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua pergunta poderá ser respondida nesta coluna.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

Deixe seu comentário

Só para assinantes