Quanto e onde investir para juntar R$ 100 mil com segurança? Veja projeções
Se você pensa em juntar um valor na faixa dos R$ 100 mil para comprar algum bem ou dar entrada em um imóvel, já sabe qual investimento escolher?
Na coluna de hoje eu mostro em quanto tempo você atingiria esse objetivo se aplicar R$ 1.000, R$ 3.000 ou R$ 5.000 por mês nas principais modalidades de baixo risco.
Onde investir com segurança
Quando você tem um objetivo claro para médio prazo - algo entre dois e dez anos - o ideal é escolher investimentos de renda fixa, pois são mais previsíveis.
Os de renda variável, como ações, fundos imobiliários ou fundos multimercado, podem acabar deixando você na mão. Por definição, eles variam entre períodos de alta e de baixa. Se, no momento em que você se planejou para resgatar, eles estiverem em momento de baixa, você provavelmente não atingirá o seu objetivo.
Entre os de renda fixa, os mais seguros são o Tesouro Direto e os títulos protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), como o CDB, a LCA e a LCI.
Caso a instituição financeira que emitiu o título quebre, o FGC reembolsa ao investidor todo o valor aplicado mais os juros, até o limite de R$ 250 mil.
Não cometa esse erro
Ao se planejar para juntar um determinado valor, não se esqueça de considerar a inflação. Se uma aplicação rende 10% ao ano, e a inflação ficar em 4%, o seu ganho real acaba sendo de cerca de 6% ao ano.
Caso você não leve isso em conta, quando atingir os R$ 100 mil, esse valor já não terá mais o mesmo poder de compra que tem hoje.
Nas simulações abaixo, considerei apenas a rentabilidade real dos investimentos. Dessa forma, os cálculos indicam que você juntará não R$ 100 mil, mas um valor maior que, no futuro, terá um poder de compra equivalente ao de R$ 100 mil hoje.
Investindo R$ 1.000 por mês
Veja em quanto tempo você atingiria o equivalente a R$ 100 mil nos três investimentos mais seguros de renda fixa:
- Poupança: 7 anos e meio
- Tesouro Selic: 7 anos
- CDB: 6 anos e 8 meses
Considerando o cenário atual de juros e inflação, se você aplicar R$ 1.000 por mês na poupança, a tendência é atingir o equivalente a R$ 100 mil daqui a sete anos e meio.
Investindo no Tesouro Selic, um dos títulos do Tesouro Direto, o período de aportes cai para sete anos; em um CDB,o tempo ficaria em seis anos e oito meses.
Para essa simulação, considerei um CDB com rentabilidade de 120% do CDI. Todos os cálculos já descontam o Imposto de Renda.
Caso opte por investir em uma LCA ou LCI, que são títulos isentos de IR, a rentabilidade precisa ser de 102% do CDI para equivaler à do CDB mencionado.
Investindo R$ 3.000 por mês
Com um investimento de R$ 3.000 por mês, você chegaria ao equivalente a R$ 100 mil após os seguintes períodos:
- Poupança: 2 anos e 8 meses
- Tesouro Selic: 2 anos e 7 meses
- CDB 120% do CDI: 2 anos e 7 meses
Veja que, com o aumento do valor dos aportes mensais, a diferença entre o Tesouro Selic e o CDB sumiu.
Nesse caso, com certeza é melhor ficar no Tesouro Selic, que possui um risco menor. A não ser que você consiga um CDB com rentabilidade muito superior a 120% do CDI, o que não é comum para esse volume de aportes.
Investindo R$ 5.000 por mês
Aplicando R$ 5.000 por mês, esse é o tempo que você levaria para chegar aos R$ 100 mil:
- Poupança: 1 ano e 7 meses
- Tesouro Selic: 1 ano e 7 meses
- CDB 120% do CDI: 1 ano e 7 meses
Aqui, acabou a diferença de tempo entre as três aplicações citadas.
Isso ocorre porque a rentabilidade real dos investimentos de renda fixa tem baixo impacto a curto prazo.
Nesse caso, o ideal é o Tesouro Selic ou o CDB, com preferência pelo primeiro, devido ao risco mais baixo.
Por que não a poupança, já que o resultado final é o mesmo? Simplesmente porque, ao juntar os R$ 100 mil, se você acabar não fazendo o resgate na hora e deixar o dinheiro lá por mais alguns meses ou anos, vai começar a fazer diferença. Quanto maior o prazo do investimento, maior é o impacto dos juros - e o Tesouro e o CDB pagam mais juros do que a poupança.
Alguma dúvida?
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