Candidato aprovado por cotas raciais no MRE tem olhos e cabelos claros
O MRE (Ministério das Relações Exteriores) informou hoje (11) que analisa o caso do estudante Mathias de Souza Lima Abramovic que passou na primeira fase do processo seletivo do Instituto Rio Branco, que forma diplomatas.
A seleção do estudante é alvo de questionamentos porque Abramovic se autodeclarou afrodescendente e foi selecionado na cota destinada ao grupo, mas tem cabelos e olhos claros.
O Itamaraty informou que a definição de afrodescendente não é técnica e baseia-se exclusivamente na declaração do estudante. O edital do processo seletivo também não discrimina os critérios para concorrer como afrodescendente.
A cota racial é válida apenas na primeira etapa do concurso que seleciona os 100 candidatos com maiores notas.
Na primeira fase, as cotas reservam um adicional de dez vagas para afrodescendentes e duas para deficientes, totalizando 112 candidatos que continuarão na disputa. Ao final, apenas 30 ficarão até a última etapa do concurso.
O Itamaraty informou que é a primeira vez que ocorre um caso com o de Abramovic.
O edital especifica que os candidatos afrodescendentes devem autodeclarar a opção no ato da inscrição.
Para as pessoas com deficiência, as reservas de vagas vão até a última etapa (são quatro no total) e os candidatos aprovados passam por perícia médica.
(Com Agência Brasil)
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