Desemprego em abril é de 6,4%, o maior em quatro anos, diz IBGE
O desemprego registrado em abril foi de 6,4%, a maior taxa em quatro anos. Em maio de 2011, o desemprego atingiu o mesmo valor e, em março daquele ano, foi de 6,5%.
Em relação a março de 2015, quando era de 6,2%, o desemprego foi considerado estável pelo IBGE. Na comparação com abril do ano passado, a taxa cresceu 1,5 ponto percentual, passando de 4,9% para 6,4%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (21) e fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego). A PME é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Segundo o IBGE, o contingente de desempregados em abril foi estimado em 1,6 milhão de pessoas na área pesquisada, permanecendo o mesmo em comparação com março, mas cresceu 32,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, com 384 mil pessoas a mais.
O IBGE não inclui no número de desempregados as pessoas que não têm trabalho, nem procuraram nos 30 dias anteriores à pesquisa.
Regiões tiveram aumento no desemprego em um ano
De acordo com o IBGE, o desemprego ficou estável no mês em todas as regiões pesquisadas. Em relação ao ano passado, porém, ele aumentou.
Na comparação com abril de 2014, a taxa em Salvador passou de 9,1% para 11,3%; de 3,6% para 5,5% em Belo Horizonte; de 3,2% para 5,0% em Porto Alegre; de 3,5% para 5,2% no Rio de Janeiro; de 6,3% para 7,8% em Recife; e de 5,2% para 6,3% em São Paulo.
Cai o rendimento médio dos trabalhadores
O rendimento médio real dos trabalhadores (descontada a inflação) foi estimado em R$ 2.138,50, 0,5% menor que o de março, quando era de R$ 2.148,71, e 2,9% menor do que em abril de 2014, quando era de R$ 2.202,50.
Todas as regiões pesquisadas mostraram queda no rendimento em um ano. No mês, apenas São Paulo teve aumento (0,6%); em Porto Alegre, permaneceu estável.
O setor que registrou maior variação no rendimento foi o da construção, caindo 4% no mês e 7,5% em um ano, para R$ 1.871,70.
Segundo o IBGE, o número de carteiras assinadas no setor privado ficou em 11,5 milhões, considerado estável na comparação com março. Em um ano, porém, esse número caiu 1,9%, com 219 mil pessoas com carteira a menos.
Pnad Contínua registrou desemprego de 7,9%
O IBGE também divulga outra pesquisa mensal de emprego, a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mensal. Na última, com dados do primeiro trimestre, o desemprego registrado foi de 7,9%, o maior desde o primeiro trimestre de 2013.
A Pnad Contínua tem uma abrangência maior que a PME, porque leva em conta dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios.
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