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Metalúrgicos da Mercedes fazem protesto em SP contra 1.500 demissões

Alessandro Valle/ABCDigipress/Estadão Conteúdo
Imagem: Alessandro Valle/ABCDigipress/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

26/08/2015 14h55Atualizada em 27/08/2015 11h49

Funcionários da Mercedes-Benz de São Bernado do Campo, na região metropolitana de São Paulo, fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (26) em frente à fábrica de caminhões e veículos semipesados da montadora, contra a demissão de 1.500 empregados.

De acordo com o sindicato, o ato desta quarta-feira reuniu cerca de 10 mil metalúrgicos, entre funcionários da Mercedes-Benz e de outras montadoras da região, como Ford, Volkswagen e Scania, e fabricantes de autopeças. O protesto chegou a fechar uma das vias da rodovia Anchieta.

Os metalúrgicos da Mercedes-Benz estão em greve por tempo indeterminado e a produção da fábrica está parada, segundo o sindicato. A entidade afirma que, até agora, a empresa não entrou em contato para negociar.

Por meio de nota, a empresa afirmou que tem adotado medidas desde o começo de 2014 para gerenciar o excesso de pessoas, que atualmente é de mais de 2.000 trabalhadores, como banco de horas, semanas curtas, férias e folgas coletivas, licenças remuneradas e programas de demissão voluntária.

"Diante da ausência de qualquer outra alternativa e considerando o atual impasse das negociações, a empresa oficializou as demissões, que acontecem a partir de 1 de setembro", diz a nota.

Mercado está em queda desde 2013

O mercado brasileiro de caminhões tem queda desde o começo de 2013, com economia fraca, inflação alta e condições difíceis de financiamento limitando investimentos em veículos comerciais.

Segundo a Mercedes-Benz, no acumulado do ano, a queda de vendas de caminhões é de quase 45% e a de ônibus, de quase 30% em comparação com o mesmo período de 2014.

(Com Reuters)