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Brasil fecha 99,7 mil vagas com carteira, no pior janeiro em 7 anos

Marcos Santos/USP Imagens
Imagem: Marcos Santos/USP Imagens

Do UOL, em São Paulo

26/02/2016 15h06

O Brasil começou 2016 fechando vagas de emprego com carteira assinada. Em janeiro, foram eliminadas 99.694, segundo divulgou o Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (26). O resultado é o pior para o mês desde 2009, quando tinham sido eliminadas 101,7 mil vagas.

Foi o décimo mês seguido de cortes. A última vez que o país teve saldo positivo foi em março do ano passado (19,3 mil). No acumulado dos doze meses até janeiro, são 1,6 milhão de postos de trabalho a menos.

Em dezembro, o país tinha cortado 596,2 mil vagas com carteira, fechando 2015 com uma média de 1,5 milhão de vagas a menos no ano.

Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O número de empregos cortados é o saldo, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. Em janeiro, foram 1,3 milhão de demissões e 1,2 milhão de contratações. 

Só agropecuária abre vagas

Dos oito setores da economia, segundo a divisão do Ministério do Trabalho, apenas a agropecuária abriu vagas em janeiro. Todos os outros tiveram cortes. O comércio foi o que mais perdeu:

  • Agropecuária: 8.729 (0,56%)
  • Construção civil: -2.588 (-0,1%)
  • Serviços: -17.159 (-0,1%)
  • Administração pública: -263 (-0,03%)
  • Indústria de transformação: -16.553 (-0,22%)
  • Serviços industriais de utilidade pública: -890 (-0,22%)
  • Extrativa mineral: -1.220 (-0,58%)
  • Comércio: -69.750 (-0,76%)

Só 5 Estados abriram vagas

Entre os Estados mais o Distrito Federal, apenas cinco abriram vagas em janeiro: Rio Grande do Sul (7.263), Santa Catarina (7.211), Mato Grosso (6.900), Paraná (1.074) e Paraíba (189)

O maior número de vagas fechadas foi em São Paulo (27.056, queda de 0,22%). A maior variação foi no Amazonas, com queda de 1,08% no emprego, ou 4.657 vagas a menos.

O Rio de Janeiro fechou 25.549, queda de 0,68%, e Minas Gerais cortou 16.418, queda de 0,41%.

Por regiões, o Norte foi a que teve a maior variação no número de vagas, caindo 0,62%. Em números totais, o Sudeste foi o que mais fechou (71.956 vagas a menos). O Sul e o Centro-Oeste abriram postos de trabalho:

  • Sul: 15.548 (0,22%)
  • Centro-Oeste: 1.621 (0,05%)
  • Sudeste: - 71.956 (-0,35%)
  • Nordeste: -33.411 (-0,51%)
  • Norte: - 11.496 (-0,62%)

IBGE faz pesquisa diferente

Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.

Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com ou sem carteira.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostrou que o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país foi de 7,6% em janeiro, o maior para o mês em sete anos.

A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal registrou que o Brasil tinha 9,1 milhões de desempregados no trimestre de setembro a novembro do ano passado.

9,1 milhões de desempregados com alta de 41,5%

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