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Brasil perdeu 448 mil empregos com carteira assinada neste ano até maio

Marcos Santos/USP Imagens
Imagem: Marcos Santos/USP Imagens

Do UOL, em São Paulo

24/06/2016 16h18

O Brasil perdeu 72.615 vagas de trabalho com carteira assinada em maio. O resultado é pior do que o registrado em abril (-62.844), mas melhor do que o de maio do ano passado (-115.599). Foi o 14º quarto mês seguido em que o Brasil teve corte de vagas.

O número de empregos cortados é o saldo, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. Em maio, foram 1.209.991 contratações e 1.282.606 demissões.

No acumulado de janeiro a maio, o Brasil já perdeu 448.011 postos com carteira, o que representa uma queda de 1,13% no total de empregos.

Nos últimos doze meses foram cortados 1,78 milhão de vagas com carteira. Apesar do número expressivo, o resultado acumulado dos últimos doze meses foi um pouco melhor do que o registrado em abril, quando era de 1,82 milhão.

Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (24).

Seis setores tiveram cortes

Dos oito setores pesquisados, seis tiveram corte de vagas:

  • Agricultura: + 43.117
  • Administração pública: +1.391
  • Serviços: -36.960 postos
  • Comércio: -28.885
  • Construção civil: -28.740 postos
  • Indústria de transformação: -21.162
  • Extrativa mineral -1.195 postos
  • Serviços industriais de utilidade pública: -181 postos

Só cinco Estados abriram vagas

As cinco regiões do país registraram corte de vagas em maio. Apenas cinco dos 26 Estados mais o Distrito Federal tiveram abertura de vagas:

  • Minas Gerais: +9.304
  • Espírito Santo: +1.226
  • Mato Grosso do Sul: +562
  • Goiás: +153
  • Acre: +147

As maiores perdas foram no Rio Grande do Sul (-15.829), Rio de Janeiro (-15.688) e São Paulo (-12.177).

IBGE faz pesquisa diferente

Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.

Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.

A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal registrou que o Brasil tinha, em média, 11,4 milhões desempregados nos três meses até abril deste ano.

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