Após ordem judicial, Caixa terá concurso para contratar 2.000 deficientes
Demétrio Vecchioli
Colaboração para o UOL, em São Paulo
19/06/2019 12h45
A Caixa Econômica Federal anunciou hoje que vai contratar 2.000 pessoas com deficiência para trabalhar em agências do banco em todo o país. Para preencher as vagas, serão chamados candidatos que participaram de um concurso público realizado em 2014.
No mês passado, a Justiça do Trabalho mandou a Caixa cumprir a Lei de Cotas e, para isso, contratar 2.500 pessoas com deficiência para se adequar à legislação.
O anúncio da Caixa foi feito durante cerimônia de assinatura de um contrato que dará R$ 2,5 milhões ao CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro). O banco estatal, que é patrocinador esportivo do CPB há mais de uma década, deve cerca de R$ 5 milhões ao comitê. A solenidade contou com a presença do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
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"É a primeira vez, que eu entenda, que 100% dos contratados serão pessoas com deficiência", afirmou Guimarães. "A Caixa Econômica é o único banco que não tem os 5% [de funcionários exigidos] pela legislação de pessoas com deficiência. O governo do presidente Bolsonaro vai mudar isso."
No início de junho, a Caixa já havia anunciado que iria começar a chamar 1.000 pessoas que passaram em um concurso de 2014 para trabalhar nas agências. Entre 50% e 75% desse total serão candidatos com algum tipo de deficiência, segundo o banco.
Banco quer demitir 3.500 funcionários
Paralelamente às contratações, a Caixa lançou um novo programa de demissão voluntária com a possibilidade de até 3.500 adesões. O público-alvo são funcionários que trabalham na matriz e em escritórios regionais do banco.