Caixa iguala juros e deixa de cobrar mais para financiar imóvel mais caro
A Caixa Econômica anunciou a redução de até 1,25 ponto percentual ao ano na taxa de juros para financiamento de imóveis com recursos da poupança, a linha de crédito chamada de SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).
Além disso, as taxas de juros passaram a ser as mesmas tanto no SFH (Sistema Financeiro de Habitação), para imóveis com valor de até R$ 1,5 milhão, quanto no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), para imóveis acima de R$ 1,5 milhão e que não podem ser financiados com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Com o corte, a taxa de juros fica na faixa de 8,5%+TR ao ano a 9,75%+TR ao ano. A TR é a Taxa Referencial, que hoje está zerada. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros, a Selic, é de 6,5% ao ano.
A novas taxas começam a valer a partir de segunda-feira (10).
Estamos igualando as taxas para as diferentes faixas de renda. A taxa é igual para todo mundo. Estamos eliminando essa distorção, que era o tratamento diferenciado entre as faixas de renda
Pedro Guimarães, presidente da Caixa
Guimarães garantiu que a Caixa não abandonará seu foco na baixa renda, mas afirmou que o banco também buscará crescer no crédito para a classe média.
Segundo Guimarães, a Caixa voltará a emprestar pela modalidade "Price", que tem parcelas iniciais mais baratas. "Isso era uma demanda das construtoras e dos tomadores de empréstimos. Vamos deixar o mercado fluir e deixar o cliente escolher entre SAC e Price", afirmou.
As taxas anunciadas valem nas diversas modalidades de financiamento imobiliário: imóvel novo, imóvel usado, aquisição de terreno e construção, construção em terreno próprio e reforma e ampliação.
Renegociação de dívidas
O banco também anunciou medidas para quem quer renegociar dívidas de financiamento imobiliário.
As opções para quem estiver com o pagamento de parcelas atrasado serão:
- Usar o saldo da conta vinculada do FGTS para reduzir o valor da prestação
- Mudar a data de vencimento da prestação
- Pagar à vista um valor para abater parte da dívida atrasada e, depois, incorporar o restante das parcelas em atraso às próximas prestações
Quem não se enquadrar nesses critérios ainda poderá procurar uma agência da Caixa para tentar negociar um acordo.
Dos 5,2 milhões de contratos de financiamento habitacional da Caixa, 11% têm algum tipo de pendência, totalizando R$ 10,1 bilhões em pagamentos atrasados. A expectativa do banco é recuperar entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão deste montante.
A expectativa da Caixa é que as medidas anunciadas atinjam 600 mil famílias, beneficiando 2,3 milhões de pessoas.
Caixa vai atrelar financiamento à inflação
Guimarães também afirmou que o banco deve atrelar as taxas do financiamento imobiliário ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país.
"A mudança de paradigma será mudar a indexação dos empréstimos para o IPCA em novos contratos. Mas o sistema da Caixa ainda não está preparado para isso. Por isso, estamos fazendo agora um movimento intermediário e vamos lançar o novo modelo em duas ou três semanas", afirmou.
(Com Agência Estado)
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