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País abre 328,5 mil vagas com carteira em fevereiro, maior saldo em 6 meses

Foi a maior geração mensal de empregos formais desde agosto de 2021, quando 383.096 vagas foram criadas - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foi a maior geração mensal de empregos formais desde agosto de 2021, quando 383.096 vagas foram criadas Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

29/03/2022 09h35Atualizada em 29/03/2022 12h06

O Brasil criou 328.507 empregos com carteira assinada em fevereiro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número é a diferença entre 2.013.143 admissões e de 1.684.636 desligamentos registrados no mês.

Foi a maior geração mensal de empregos formais em seis meses, desde agosto de 2021, quando 383.096 vagas foram criadas. Em janeiro, foram abertas 150.355 vagas, número revisado pela pasta. O saldo de fevereiro, no entanto, ficou abaixo do mesmo mês do ano passado, quando houve abertura de 397.463 vagas com carteira assinada.

O estoque — a quantidade total de empregos com carteira assinada no Brasil — é de 41.157.217, o que representa uma variação de 0,8% em relação ao mês anterior.

No acumulado de 2022, foi registrado saldo de 478.862 empregos, decorrente de 3.818.888 admissões e de 3.340.026 desligamentos, sobre criação de 651.756 postos em igual período de 2021.

Os números positivos do Caged contrastam com a taxa de desemprego geral no país, que ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, atingindo 12 milhões de pessoas. O dado foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no dia 18 de março e se refere ao total de empregos, com e sem carteira assinada.

5 setores com saldo positivo

Em fevereiro, os cinco setores da economia registraram saldo positivo na criação de empregos formais. São eles:

  • Serviços: (+215.421 postos)
  • Indústria geral: (+43 mil postos)
  • Construção: (+39.453 postos)
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: (+17.415 postos)
  • Comércio: (+13.219 postos)

Divisão por região

Os dados também mostram que foram abertas vagas em todas as regiões do país no mês passado.

  • Sudeste (+162.442 postos)
  • Sul (+82.898 postos)
  • Centro-Oeste (+40.930 postos)
  • Nordeste (+28.085 postos)
  • Norte (+12.727 postos)

No segundo mês do ano, 25 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo, novamente, com a abertura de 98.262 postos de trabalho. Rio Grande do Norte teve um saldo de demissões de 1.451 e Alagoas, resultado negativo de 600 postos de trabalho.

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão em fevereiro foi de R$ 1.878,66, segundo o governo. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ -61,14 no salário médio de admissão, uma variação em torno de -3,15%. Em fevereiro do ano passado, era de R$ 1.926,36.

Já o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou de 529.828 em janeiro para 550.270 no mês seguinte. Em fevereiro do ano passado, somou 486.154.

Metodologia

Desde janeiro de 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para novembro na série sem ajustes havia sido em 2009, quando foram criadas 246.695 vagas no penúltimo mês do ano.

* Com Reuters e Estadão Conteúdo